A chuva que cai sobre Feira de Santana, desde o último sábado (23), traz preocupações para moradores de diversas regiões da cidade, especialmente para aqueles que vivem no Parque Panorama.
Em fevereiro deste ano, os moradores enfrentaram enchentes e alagamentos devido às fortes chuvas. Problemas recorrentes que mobilizaram a comunidade da Rua Adriano Araújo da Silva, que acionou a reportagem do Acorda Cidade, da Sociedade na manhã desta segunda-feira (25), para relatar a situação crítica enfrentada há anos.
Assim como Feira de Santana, boa parte do estado está em alerta após o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitir um aviso para chuvas intensas. Na cidade, a Defesa Civil estima chuvas até a próxima quarta-feira (27).
📲 😎SEJA VIP: Siga o canal do Acorda Cidade no WhatsApp e receba as principais notícias do dia.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Edmilson Souza, que possui uma casa na Rua Adriano Araújo, demonstrou indignação com a situação.
“A gente vem chamando a atenção dos poderes públicos, mas o prefeito não toma providência, nem o governador do estado, fizemos solicitação e até hoje nada. Desde quando estamos pedindo, nós não estamos solicitando favor, estamos reivindicando um direito nosso, porque nós pagamos nossos impostos. Pagamos imposto pra isso, para ter saneamento, água, luz, educação e saúde. É mais do que obrigação dos poderes públicos”, desabafou.
Segundo o morador, qualquer chuva deixa a rua completamente ilhada. Ainda com os traumas vividos nas últimas enchentes, ele explicou que os moradores têm receio de comprar até mesmo móveis novos, com medo do período de fortes chuvas.
“Não temos móveis dentro de casa, não temos nada, só tem o colchão para se deitar porque a gente tem medo de comprar os móveis e perder tudo, porque dá um metro e meio de água dentro das casas. Isso é um descaso. Quando começa a chover, todo mundo já fica preocupado, ninguém dorme à noite. Passa a noite toda acordado”, disse.
Outro morador, Jean Michel, também relembrou o período de desespero que a comunidade viveu em fevereiro deste ano. Ele teme que o problema volte a se repetir.
“Já estamos preocupados, temerosos com o que pode acontecer. Então, nós pedimos, encarecidamente, ao poder público que, por gentileza, amenize a situação. Queremos que eles limpem as bocas de lobo, porque já tem bastante lixo, e isso contribui diretamente para o alagamento”, explicou.
Ele ainda destacou outro ponto crítico no bairro Liberdade, onde um buraco vem sendo usado como local para descarte irregular de lixo.
“No final da Rua Comendador Gomes, do lado esquerdo, tem um buraco imenso onde a água desce. Mas lá tem de tudo: sofá, cama, bastante lixo. Então, nós pedimos que a prefeitura comece a limpar as bocas de lobo aqui da Rua Adriano Araújo da Silva, da Rua Silvina Marques, e olhem também esse ponto crítico lá no Liberdade”, alertou.
A reportagem do Acorda Cidade também constatou que os moradores têm tentado improvisar soluções, como elevar passeios e criar barreiras na frente das casas para evitar a entrada da água. No entanto, sem ações concretas do poder público, o medo persiste.
“Como o colega aqui falou, meu vizinho, tem pessoas que só têm praticamente o colchão pra dormir, porque estão com medo de comprar outros móveis e perder tudo novamente”.
Em resposta, a Superintendência de Obras e Manutenções (Soma), informou a produção do Acorda Cidade que uma equipe será enviada para a Rua Adriano Araújo para avaliar a situação.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Leia também:
Defesa Civil alerta para tempestades nos próximos dias em Feira de Santana
Inmet prevê chuvas volumosas para boa parte do país; sul baiano está na lista
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram