Moradores do Conjunto Cordeirópolis, no bairro Mangabeira, realizaram uma manifestação no início da tarde desta segunda-feira (23), na Avenida Ayrton Senna, por conta da morte de Roberto Costa de Jesus. Segundo a Polícia Militar, ele morreu após uma troca de tiros com policiais do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) da 66ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM).
Os manifestantes interditaram a via, queimando materiais no meio da pista. Eles também utilizaram faixas e cartazes pedindo justiça pela morte do morador.
Conforme a ocorrência policial, no dia da morte de Roberto Costa de Jesus, os PMs faziam rondas pelo bairro quando avistaram dois homens armados, que teriam entrado em confronto com os policiais.
Roberto Costa de Jesus, conforme a polícia, teria entrado em um imóvel aparentemente abandonado e a guarnição fez o acompanhamento, mas houve nova troca de tiros e o mesmo foi atingido. Ao lado do homem caído ao solo, segundo a polícia, estava um revólver de calibre .38 com estojos vazios e a munição intacta. Os policiais afirmaram ainda terem encontrado sacos plásticos, 30 buchas de maconha, 31 pedras de crack, uma balança de precisão e R$ 18 em espécie.
Familiares e amigos negam, no entanto, que Roberto seja culpado das ações pelas quais está sendo acusado. De acordo com a sobrinha dele, em entrevista ao Acorda Cidade, o tio não costumava andar armado nem tinha envolvimento com drogas. Ela declarou ainda que a polícia tirou a vida dele injustamente.
“Meu tio estava chegando em casa no Conjunto Cordeirópolis, abrindo o portão, quando a polícia chegou. Mas meu tio era trabalhador, perdeu a vida. A polícia disse que ele estava com arma, com drogas, mas quero que provem. Ele tinha medo de armas. Isso foi sábado, de 23h40 para meia-noite. Viemos protestar, se ele não fosse inocente, não teria tantas pessoas aqui na manifestação”, afirmou a jovem durante o protesto.
Procurado pela reportagem no meio dos protestos, o Major Lessa, comandante da 66ª CIPM, afirmou que após conversar com os manifestantes, todos foram para suas residências e a via foi liberada.
“Fizemos o contato com os manifestantes e informamos que caso tenham alguma reclamação acerca da atuação da Polícia Militar que nos procurem na sede da Companhia, que serão recebidos e adotaremos todas as providências necessárias para que o serviço ostensivo continue acontecendo, sem nenhum tipo de percalço. Estamos avaliando a situação e a preocupação que nós temos é com o zelo, a comunidade e a atuação da Polícia Militar, a qual servimos e vamos apurar e nos aprofundar nessas questões para que situações como essa não voltem a acontecer”, garantiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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