Para quem reside na Rua Cajapio, fim de linha do bairro Campo Limpo, em Feira de Santana, sair de casa tem sido um desafio nos últimos dias. A rua, que não é calçada, está intransitável com as últimas chuvas e a dificuldade da passagem de veículos ou a pé tem sido constantes.
Os moradores da localidade solicitaram à reportagem do Acorda Cidade para reclamar sobre as condições da rua, além da construção de um condomínio privado nas imediações que estaria intensificando o problema.
Alex Gomes reside há cinco anos na Rua Cajapio. Ele contou que a necessidade de pavimentação na via é urgente.
“Essa rua há muito tempo está um descaso. Calçaram a principal do Campo Limpo, mas aqui não. As crianças para irem à escola sujam os pés de lama, é terrível, intransitável. Precisamos de uma posição das autoridades competentes para que venham calçar a nossa rua. Aqui nunca veio um vereador, prefeito, nada e o IPTU continua chegando”, disse.
Cícero Dantas também reside na localidade há cinco anos. Ele explicou ao Acorda Cidade que a lama é
ocasionada não só pela água da chuva, como da rede de esgoto que foi estourada por conta da construção do condomínio.
Segundo o morador, nada foi feito para que o problema fosse resolvido.
“Aqui o mau cheiro vem da rede de esgoto, depois que o pessoal veio trabalhar aqui em um condomínio a rede de esgoto estourou toda e estamos nessa situação. Inclusive uma vizinha foi passar para ir para o trabalho e escorregou na lama. A situação está precária aqui. Todo ano chove e vira um lamaçal, a situação é difícil, nem os vizinhos conseguem colocar o carro dentro de casa por causa da lama. Moramos aqui, pagamos IPTU e a situação não muda nada. Se essa empresa que está construindo o condomínio pudesse deixar pelo menos a rua organizada”, frisou.
Para a moradora Carine, a dificuldade de tráfego tem deixado a população indignada. Ela também contou as dificuldades em levar os filhos para a escola, já que o carro da família não pode sair da garagem.
“Aqui a gente não tira o carro porque fica atolado, tem uma semana o carro na garagem e nossas crianças vão para a escola nos nossos ombros porque nada passa aqui”, lamentou.
Leandro também reforçou a dificuldade de estacionar o seu veículo na garagem devido às condições da rua. Segundo ele, após a construção do condomínio, a lama na rua se intensificou.
“Eu tenho garagem e não posso colocar meu carro na garagem. O pessoal faz o que quer e fica por isso mesmo. Cheguei há dois dias de viagem e não posso descarregar o carro porque fecha a rua. Antes da construção do condomínio, quando chovia, a gente entrava e saía sem problema algum, mas agora não dá. Tentei colocar o carro em casa mas não consegui, o carro está dormindo na rua”.
Já Sara Crislane enfatizou à reportagem que outras ruas do bairro também estão em péssimas condições.
“Tive que levar meus filhos nas costas para a escola, isso é um absurdo, não somos porcos, somos humanos. A rua de cima também foi danificada”, concluiu.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Superintendência de Operações e Manutenção (Soma) e aguarda o retorno
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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