Ney Silva e Rachel Pinto
Os moradores da Rua Arivaldo de Carvalho, no bairro Sobradinho, em Feira de Santana, que por muitas décadas aguardaram a revitalização de uma praça no local ficaram insatisfeitos com a suspensão dos trabalhos no primeiro dia de obras.
Segundo eles, estava tudo certo para a prefeitura começar a obra, os trabalhadores chegaram a ir até o local, mas alguns moradores alegaram que o terreno tem dono e por isso a secretaria decidiu realizar a suspensão.
A dona de casa Leidimar Libório contou que os moradores estavam animados com a ideia de ter um espaço para o lazer e a que a notícia da suspensão das obras pegou todos de surpresa. Ela declarou que espera que as autoridades avaliem detalhadamente a situação e tomem as providências. De acordo com ela, o terreno para a construção da praça foi oriundo de uma doação de um antigo morador do bairro.
“Esse terreno foi doado há muitos nãos, pelo avô de Marcelo, um morador daqui, Seu Raul. Foi doado para a construção de uma praça, doado a Colbert Martins (pai). Há mais de 40 anos que nós moradores reivindicamos a construção de uma praça e ontem (8), nós fomos surpreendidos com a presença do secretário Justiniano França e uma equipe para começar as obras da praça. Ficamos felizes, pois há quase 50 anos que nós temos esse desejo. Porém, quando o secretário chegou, um dos moradores, o abraçou e ficou conversando com ele. Quando ele saiu, já ia entrando no caro, o chamamos para saber o que foi que aconteceu e ele disse que os trabalhos foram suspensos porque nós precisamos de documentação. Que o morador que conversou com ele, alegou que é proprietário do local”, relatou.
A moradora frisou ainda que acredita que o terreno não é de propriedade particular, mas se por acaso ocorra a comprovação que tem um dono, que a prefeitura possa indenizá-lo e assim retome o andamento das obras da praça.
O secretário de Justiniano França explicou que após a alegação de que o terreno é de propriedade privada, a prefeitura suspendeu as obras e está verificando através das secretarias de Planejamento e do Gabinete do Prefeito toda a documentação do terreno, para assim sanar todas as dúvidas e executar o serviço.
“Todos terão que apresentar a documentação para que possamos fazer a avaliação de quem tem razão ou não. Vamos desenvolver o projeto da praça e precisamos ter o entendimento que da forma que está não pode ficar. Se for necessária a desapropriação, essa decisão será tomada pelo prefeito. Para atender a comunidade da melhor forma”, finalizou.