Feira de Santana

Moradores do bairro Parque Lagoa Subaé reclamam de problemas no bairro

Segundo o relato de um morador ao Acorda Cidade, somente nos últimos oito dias, 15 motos foram roubadas em ruas do bairro.

posto parque lagoa subae
Foto: Paulo José / Acorda Cidade

Moradores do bairro Parque Lagoa Subaé, em Feira de Santana, estão insatisfeitos com a atuação dos poderes municipal e estadual na região. A sensação de insegurança e a falta de insumos básicos no posto de saúde estão entre as principais reclamações.

Segundo o morador Robson Binho, nos últimos oito dias, 15 motos foram roubadas no bairro. Em entrevista ao Acorda Cidade, ele afirmou que considera ineficiente a ação de realizar blitz policiais somente no centro da cidade. De acordo com Binho, essa estratégia favorece a atuação dos criminosos em bairros periféricos.

“Não tem policiamento no bairro. Passa viatura aqui de vez em quando. Mães e pais de família não podem trabalhar. A gente sai de casa sem carteira no bolso, só com a chave da casa e um telefone que praticamente nem pode usar. Ninguém pode passar às 6h da manhã, 14h da tarde e 18h da noite que os caras estão agindo”, disse Binho.

Iago Santana dos Santos, morador do Parque Lagoa Subaé há cerca de 15 anos, convive com o receio de ser assaltado a qualquer momento. Ele chamou atenção para a falta de assistência na área da saúde.

“Nosso bairro está abandonado. O posto médico não tem gases, medicamentos e outros materiais. Muitas vezes, a gente vem procurar um medicamento e não tem. Procura fazer um curativo, não tem. Falta muita coisa no nosso bairro. Nosso bairro está esquecido. Está muito complicado”, afirmou Iago.

Joselito Santana Couto, que mora no bairro há cerca de 30 anos, afirmou que considera o local um ótimo lugar para viver, mas que o descaso do poder público faz com que ele se sinta abandonado.

terreno no parque lagoa subae
Foto: Paulo José / Acorda Cidade

“Esse posto abre às 7h30 só por abrir mesmo. Porque não tem nada e falta tudo. Há muitos anos falta médico neste posto. A gente, com a cara e a coragem, tem que sair daqui para ir ao bairro Conceição ou ao centro para conseguir remédio. Aqui não tem”, disse Joselito.

Ele reforçou que se sente inseguro e deseja a presença policial de forma mais efetiva. Joselito acredita que a ausência de rondas da Polícia Militar favorece o aumento das ações criminosas.

“Aqui não se vê uma viatura. Não tem proteção nenhuma. Às 21h, temos que entrar para nossas casas, porque o negócio fica perigoso aqui na lagoa. Se ficarmos na porta de casa, perdemos tudo”, afirmou Joselito.

A moradora Francisca Teodoro Neto procurou a reportagem do Acorda Cidade para falar sobre a sensação de insegurança. Ela afirmou que “é assalto por cima de assalto. A gente não pode mais ter nem uma bicicleta”. Em relação ao posto de saúde, Francisca reclamou do atendimento.

“Meu marido esta semana quase morreu. Eu trouxe ele para ser medicado no posto. Ele estava com a pressão 18/16, e a médica disse que era para ele ir para casa, tomar um banho e dormir. Estou muito revoltada, porque a gente é morador. Queremos mais segurança. O posto está cheio de mato. Não tem água”, desabafou a moradora.

rua no parque lagoa subae
Foto: Paulo José / Acorda Cidade

Mário do Som, um dos representantes do bairro há cerca de 20 anos, contou que pretende, a partir de janeiro, levar as reclamações dos moradores ao novo prefeito de Feira de Santana. Ele detalhou algumas das demandas.

“Há anos que falta um bebedouro para atender a comunidade, tampa do vaso sanitário e precisamos de câmeras de segurança no posto, porque aqui não tem segurança. Ontem, duas motos foram roubadas aqui. Ônibus final de semana não tem, e feriado também não roda. A comunidade sofre. O piso é uma tragédia, uma buraqueira terrível”, finalizou Mário.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

O Acorda Cidade irá solicitar um retorno da Polícia Militar e da Prefeitura de Feira de Santana com relação à todas a reclamações feitas pelos moradores.

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves

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