Feira de Santana

Moradores do bairro Campo Limpo reclamam da situação das ruas e fazem equilibrismo para não caírem na lama

A prefeitura informou, por meio de nota, que está programado o uso de máquina para amenizar a situação.

Rachel Pinto

Moradores do bairro Campo Limpo, em Feira de Santana, procuraram a reportagem do Acorda Cidade para relatar os dramas vividos com a péssima situação em que se encontram algumas ruas. São elas: a Rua Pitombeira, Rua Caiçara e a Travessa 5 de maio.

Essas ruas não têm pavimentação e com o tempo chuvoso estão intransitáveis. O acesso, tanto utilizando veículos como a pé, é algo praticamente impossível. Os moradores precisam se equilibrar para não caírem na lama.

Palmira Araújo, que é moradora da Rua Pitombeira há 17 anos, contou que nunca viu no local alguma iniciativa do poder público de melhorias. Segundo ela, a população sofre para trafegar na rua e nem os ônibus passam mais pela via.

“Para pegar o ônibus a gente precisa ir para o Feira VI. Vamos andando e atravessamos essa lama toda”, declarou.

Alex Gomes Ferreira, que também é morador do bairro, reiterou sobre as péssimas condições das ruas. Ele afirmou que os buracos destroem a suspensão dos veículos e pedestres ficam todos sujos de lama.

“Já estou aqui há cinco anos e não tem nenhuma ação, nem melhoria. Estamos sofrendo com tudo isso aqui e atolados na lama”, disse.

O professor Maurício Oliveira comentou que precisa fazer equilibrismo para transitar com a moto pelas ruas do bairro. Ele informou que a motocicleta atola na lama, a corrente fica cheia de lama e a situação está absurda.

“Nós queremos que as autoridades tomem as devidas providências. Os índices de roubos aumentam porque os condutores passam devagar pela lama. É preciso que venham sanar esse erro de falta de estrutura”, salientou.

O motorista Eliomar Ferreira Santana falou sobre a dificuldade que os moradores enfrentam para levar os seus filhos para a escola. De moto, carro, ou a pé a situação é a mesma. Todos precisam driblar a lama para chegar até os seus destinos.

“Os carros e os pedestres ficam patinando na lama. Há o risco de acidentes e, além disso, de assaltos”, destacou.

O morador acrescentou ainda que a prefeitura até chegou a passar máquinas nas ruas, mas com as chuvas, a terra do local fica solta e assim surgem os buracos e alagamentos.

Mara Batista, que há 32 anos mora no bairro, contou que todos os dias leva a filha de 9 anos para a escola atravessando a lama e andando por dentro de uma área de pasto que tem no local.

“Se não entrar no pasto não tem como chegar até a escola. Ficamos com medo de sermos picadas por uma cobra ou algum inseto, mas é o único jeito. No caminho eu vou limpando a lama. Aqui nunca houve melhorias”.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O que diz a prefeitura

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro, informou que aquele local sempre apresenta problemas em período chuvoso. E que a prefeitura tem programação de patrol na área para logo que o sol esteja de volta. "Fazer algo agora é impossível", informa.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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