Moradores de ocupação realizam protesto próximo ao Terminal Central em Feira de Santana

Um grupo de moradores, realizou na manhã desta terça-feira (7), um protesto próximo ao Terminal Central, em Feira de Santana. Com galhos de árvores, eles impediram a passagem de alguns ônibus que estavam saindo da estação.

Ao Acorda Cidade, uma das manifestantes que preferiu não se identificar, informou que cerca de 60 pessoas, estão morando em barracos que foram erguidos em um terreno, localizado na Rua Manuel Mathias, bairro Tanque da Nação, próximo ao Ceparh.

Após esta ocupação, os moradores relataram que estão sendo ameaçados por homens, que se identificam como policiais, para deixarem imediatamente o local.

“Nós estamos morando aqui, porque não temos condições de pagar aluguel, porque a gente precisa escolher entre comer, e pagar a casa. Então temos aqui cerca de 17 famílias que montaram as barracas, limpamos todo este terreno, e agora querem tirar a gente daqui. Estão chegando alguns homens armados, colocando a arma em nossa frente, dizendo que se a gente não sair daqui, que vão atirar, que irão tocar fogo em todas as barracas, quando a gente estiver dormindo. Ninguém da prefeitura esteve aqui, inclusive teve até outro homem, esse é policial porque veio fardado e disse que queria entrar em um acordo com a gente. Infelizmente a gente sabe que não pode bater de frente com esse povo, eles chegam aqui armados, e a gente vai fazer o quê? Não tem o que fazer, a gente não tem casa, a gente não tem comida, e hoje decidimos fazer essa manifestação para que a prefeitura também possa ter ciência do que está acontecendo. Todo mundo aqui está amedrontado para dormir e eles chegarem e fazer qualquer coisa”, contou.

Ao Acorda Cidade, o secretário de Prevenção a Violência e Promoção dos Direitos Humanos (Seprev), Moacir Lima, informou que representantes do grupo, estiveram na tarde desta terça-feira na sede da secretaria, informando sobre a situação.

De acordo com ele, todo processo foi remetido à Procuradoria Geral do Município (PGM), e já foi identificado que parte do terreno é particular e outra parte, pertence ao município. Após definição da PGM, a Seprev irá solicitar que os ocupantes desobriguem o local que pertence ao município.

O Acorda Cidade irá em busca de um retorno também com o Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL) para mais esclarecimentos.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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