Rachel Pinto
Moradores de comunidades de Jacu, Candeia Grossa, Alecrim Miúdo, Carro Quebrado e Fazenda Morro, distritos de Matinha e Maria Quitéria, zona rural de Feira de Santana realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (3), no Transbordo Central para protestar contra a falta de transporte público.
Segundo o morador José das Virgens, os moradores estão descobertos pelo transporte público, o transporte alternativo que foi disponibilizado pela prefeitura não está atendendo a demanda, excluiu as comunidades e também não há a integração no terminal.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Temos que descer em frente ao terminal pagar outra passagem para ter direito para ir para outro canto da cidade. As comunidades reivindicam a volta dos ônibus”, disse.
A moradora Aurelice Cruz de Jesus, moradora do distrito de Maria Quitéria, contou ao Acorda Cidade que na última sexta-feira (31), ao sair do trabalho não encontrou mais transporte para retornar para casa.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Fiquei duas horas esperando e não passou não o convencional e nem o alternativo, nem vans nem microônibus. Na quarta-feira teve uma discussão no terminal. Porque a gente estava no terminal, tivemos que sair para pegar um microônibus pagar a passagem porque segundo eles teria a integração e não teve. O micro não entra no transbordo e ficamos do lado de fora, somos desrespeitados”, lamentou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Outra moradora da comunidade de Alecrim Miúdo, que não se identificou, comentou que os passageiros estão a mercê do transporte público e aos finais de semana a situação complica.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
A operação destas linhas da zona rural era feita pela empresa Rosa, no entanto, ela deixou de assumir, sendo assim passada para a empresa São João e com a perspectiva de melhorias. Segundo os moradores, isto não está acontecendo.
Os manifestantes seguem em protesto para o centro da cidade.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
O secretário municipal de transportes e trânsito, Saulo Figueiredo disse ao Acorda Cidade que o diretor de transporte da SMT foi até o terminal conversar com os moradores que fazem uso das linhas a linha 50 e 52. Segundo ele, essas linhas são as linhas em que houve algumas mudanças com os carros do sistema alternativo e foram colocados micro ônibus já integrados a bilhetagem eletrônica.
No entanto, de acordo com ele, a grande reclamação dos moradores é em relação a integração e que por uma questão técnica não está acontecendo a integração física.
“Nós possibilitamos a integração, mas por uma questão técnica nós não conseguimos colocar a integração física que o cidadão pega a primeira condução, solta dentro do terminal e dentro do terminal ele pode escolher qualquer outra condução. Nós por uma questão técnica só podemos ofertar a integração através do cartão e então esses três carros que estão fazendo essas duas linhas , um deles ainda com reforço da empresa São João, só podem fazer essa integração deixando o passageiro em frente ao Terminal Central porque se não for dessa forma nós não conseguimos remunerar o dono do micro ônibus quando ele transportar a segunda passagem e essa pessoa que pagou na primeira viagem parar em dinheiro e por uma questão técnica a gente está buscando uma outra forma de criar algium tipo de controle dentro do terminal. Por esse motivo, a gente não consegue fazer essa integração hoje de forma física”, disse.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.