Na Rua Venceslau Braz, no bairro Queimadinha em Feira de Santana, moradores temem a proliferação da dengue por falta de saneamento básico. A via está repleta de buracos, que estão acumulando água parada. Além dos perigos com a doença, muitos ainda têm prejuízo com seus veículos por conta da buraqueira e dos alagamentos sempre que chove na cidade. Existem aproximadamente, 10 oficinas na região e todas registraram alagamentos.
O serralheiro que trabalha na mesma rua, Antônio Carlos, acompanha de perto a situação da Venceslau Braz. Ao Acorda Cidade, ele falou sobre a necessidade de uma rede de esgoto no local para auxiliar no escoamento da água da chuva.
“Muita reclamação, principalmente a falta de esgoto. E quando chove aqui, ninguém faz nada a água sobe mais ou menos meio metro. Ninguém passa, tem que passar pela outra rua. A rua fica ilhada. Até na minha oficina, enche de água e tem que fechar na hora”, pontuou.
Segundo Antônio, fiscais da prefeitura já estiveram na rua para averiguar as condições de trafegabilidade, mas até o momento, não houve retorno.
“Eles veem, olham, tiram foto, dizem que vão resolver e tem mais de três meses que não resolvem nada”, declarou.
Durante a reportagem, o motorista Josailton Coutinho parou para relatar as dificuldades que enfrenta ao passar pela rua. Diariamente, ele trafega na região.
“Eu acho uma covardia isso aqui, a gente sabe que é para ser uma obra da Embasa, porque é esgotamento sanitário. 80% do valor que a gente paga de água é de esgotamento sanitário, isso aqui está sendo justo? Água parada é o ano todo. Vejo a Embasa desentupindo os esgotos das residências com jato d’água. Feira de Santana não comporta isso mais não. Feira precisa de galerias de esgoto, não é tubinho de 100. A Queimadinha não aguenta chover, que os bueiros estouram e fezes para tudo quanto é lado”, ressaltou.
João Batista tem uma oficina mecânica há 10 anos na região e confirma o caos que fica. Sempre que chove forte, segundo ele, é um dia perdido de trabalho.
“Carro quebra por aqui demais. Quando a chuva entra nas oficinas, não deixa ninguém trabalhar. É uma vergonha, é um caos essa rua. Sem chuva, e vejam a água como está, empoçada, não tem rede de esgoto. Alagada de ponta a ponta. Prejuízo tremendo. E as autoridades não se manifestam, não falam nada. Mais de 20 anos nessa mesma situação e os governantes nenhum se pronunciam para nada”, relatou.
Sítio Matias
A situação no bairro Sítio Matias, na Rua Florianópolis não é diferente. Moradores também aproveitaram a presença da reportagem que circula diariamente por diversos pontos da cidade para contar sobre os problemas. Muitos buracos também estão causando transtornos aos moradores.
O Acorda Cidade buscou um retorno da Empresa Baiana de Água e Saneamento, assim como da Superintendência Municipal de Obras e Manutenções e aguarda retornos.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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