Gabriel Gonçalves
Por conta da pandemia da Covid-19, o Parque da Cidade Frei José Monteiro Sobrinho, localizado no Conjunto Feira VII em Feira de Santana, foi fechado desde o ano passado.
Com o avanço da vacina contra a doença e a redução do número de casos, a prefeitura municipal já autorizou a retomada de muitas atividades, assim como a reabertura do Parque Erivaldo Cerqueira, no bairro Baraúnas.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Devido a estas flexibilizações, os moradores e comerciantes que residem próximo ao Parque da Cidade, estão solicitando a reabertura do entreposto, para que o movimento também seja retomado no local.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o presidente da Associação de Moradores, Denilson Souza, destacou que o prefeito precisa explicar qual foi o critério utilizado para reabrir o Parque Erivaldo Cerqueira e deixar o Parque Frei José Monteiro Sobrinho, fechado.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"Eu que estou como presidente da Associação, os moradores me questionam o motivo do Parque da Cidade, ainda está fechado, então nós estamos aqui para fazer a ponte entre a comunidade e o poder público, saber do prefeito qual foi o critério utilizado por ele para abrir o Parque Erivaldo Cerqueira e que a gente sabe que é menor do que este, mas aqui é questão de saúde pública também. Precisamos que o prefeito possa se sensibilizar e reabra o Parque, porque está fazendo muita falta para a comunidade, já são dois anos fechado, então pedimos que ele devolva o local para a comunidade", afirmou.
Proprietária de um mercadinho, Geisa Santana informou à reportagem do Acorda Cidade, que após o fechamento do Parque, o movimento teve uma grande queda.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"Eu tenho um mercadinho aqui na frente e estou sendo totalmente prejudicada, porque o parque está fechado, então pedimos ao prefeito que ele também possa pensar nisso, o movimento caiu bastante depois que fechou. Os moradores de Feira de Santana, já não têm tanto lugar para lazer e esse parque traz muitos benefícios para as pessoas, para as famílias e para as crianças", disse.
Prejudicada com o parque fechado, a moradora do bairro, Cleusa Pereira, 62 anos, está realizando as caminhadas do lado de fora do entreposto.
De acordo com ela, fazer os exercícios na área interna, traz uma segurança pela falta do movimento de veículos que trafegam pela avenida principal.
"Eu sempre faço caminhadas aqui, mas infelizmente já são dois anos com o parque fechado e ficamos impedidas de fazer as caminhadas lá dentro, tenho que fazer aqui na pista mesmo, dividindo o espaço com os carros. Precisamos que o prefeito possa reabrir, solicitamos esclarecimentos", salientou.
Proprietário de uma churrascaria próximo ao Parque da Cidade, Sandoval Silva Santos, informou à reportagem do Acorda Cidade que precisou baixar as portas do estabelecimento, pela falta de clientes.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"Eu tinha uma churrascaria aqui em frente ao Parque, era muito movimentada antes da pandemia, mas com o fechamento do parque, eu tive que fechar as portas, porque o movimento já não era mais o mesmo. Infelizmente estamos no prejuízo, já são dois anos desta forma, o movimento é fraquíssimo e por isso que hoje estamos aqui para solicitar a reabertura do parque", explicou.
Em entrevista ao Programa Acorda Cidade na manhã desta segunda-feira (20), o diretor do Departamento de Áreas Verdes (DAV), da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), João Falcão, explicou que a reabertura do parque está impossibilitada por dois fatores.
"Nós temos duas situações no Parque da Cidade, a primeira é com relação a lagoa, que está precisando de uma interferência e que neste caso, é de responsabilidade da Embasa e que já está sendo monitorada pela Semmam. A segunda situação, é que precisamos fazer algumas melhorias, principalmente depois dessas fortes chuvas que tivemos aqui na região. Já foi passado para a prefeitura as nossas necessidades, principalmente com relação a aquisição de materiais, mas nenhuma licitação dos materiais foi atendida neste ano. Estamos aguardando essa definição para iniciar os reparos que precisam ser feitos, ao exemplo da pista de cooper, precisamos do cimento, areia, tinta, recuperação dos quiosques, mas assim que o material estiver disponível, iremos iniciar estas recuperações", destacou.
Com relação a intervenção que precisa ser feita na lagoa pela Embasa, o diretor explicou que material orgânico foi jogado na água e agora precisa realizar a limpeza.
"Houve um acidente, assim melhor dizendo, onde um material orgânico foi jogado na lagoa, e isso foi identificado pela Semmam. A Embasa já está ciente, e acredito que em breve, esse serviço será iniciado da limpeza total da lagoa. Dentro de 60 dias, nós revitalizamos o Parque da Lagoa, mas lógico que aquele espaço é bem menor do que o Parque da Cidade, mas assim que estivermos com o material em mãos, nós iremos entregar com a maior brevidade possível", disse.
Praças Públicas
Sobre as praças públicas espalhadas pela cidade, o diretor do Departamento informou ao Acorda Cidade que um dos principais problemas enfrentados pelo setor, é a falta de recursos humanos.
"Nós fizemos um planejamento de trabalho, onde nossa equipe retornasse mês a mês em cada praça limpando tudo, mas vale ressaltar que hoje nós temos 266 praças, temos 53 avenidas que representam em linha reta, 85km e 300mil m². Além disso, temos os monumentos, viadutos, e tudo isso, é de responsabilidade do Departamento, mas falta também equipamentos de tecnologia. Infelizmente com a pandemia, a prioridade foi a saúde e os nossos pedidos, não foram atendidos. Para realizar a limpeza das praças, das ruas, precisaríamos de 144 colaboradores, sendo que temos apenas 33, então isso mostra as dificuldades que nós temos em prática. Com o aumento da chuva também, a renovação da vegetação nativa renova com menor tempo", concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade