O descarte irregular de lixo em alguns pontos de Feira de Santana é um problema recorrente. Na manhã desta quarta-feira (7), moradores solicitaram a presença da reportagem do Acorda Cidade para denunciar mais um terreno baldio que tem servido de lixão na cidade. Ele fica localizado na Rua Coronel José Pinto, no bairro São João, próximo à Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp).
Andreia Mascarenhas, que mora em frente ao terreno, relatou que, além da sujeira e do matagal, o local também não tem iluminação adequada. Ela já tentou contato com a prefeitura, mas ainda não teve retorno.
“Sempre ligo para a Prefeitura, eles não resolvem nada. Vai de lixo doméstico até resto de material de construção. No momento, as pessoas tocam fogo no lixo, é uma bagunça só. À noite a gente fica com medo de sair, porque é escuro, o terreno é aberto. Além de lixo, muito matagal, onde as pessoas se escondem até para usar drogas, como a gente já percebeu”, relatou.
Ao Acorda Cidade, Andreia contou que alguns catadores vasculham o lixo e tocam fogo em fios elétricos, gerando muita fumaça no local. Sem falar que o lixo atrai insetos, ratos e baratas que acabam invadindo as casas.
No lixão se encontra de tudo, móveis velhos, vaso sanitário, vidro, garrafa, entulho, animais mortos, entre outros.
“Pessoas que veem até a noite, com seus lixos domésticos, param o carro aqui e jogam”, disse Andreia.
Outra moradora também criticou a falta de manutenção no local que fica próximo à secretaria que, inclusive, é responsável pela limpeza pública do município. Raiane da Silva Fernandez mora há cinco meses na localidade. Desde que chegou, percebeu o aumento do lixão que tem prejudicado o seu comércio.
“Um dia minha casa ficou totalmente cheia de fumaça e eu tenho criança pequena, ficou insuportável a casa. Fora o cheiro, que às vezes eles jogam animais mortos e fica um cheiro insuportável de carniça. E esse cheiro, eu tenho um pequeno negócio também. Imagine a clientela? É muito difícil conviver com esse lixo todo aqui na frente”, declarou.
Moradora há 20 anos, Ilza Araújo também disse que a situação já está insustentável e cobra para que as autoridades tomem uma providência para responsabilizar os proprietários dos terrenos. Ela pede para murar o local como ordena a lei.
“Quando a gente sai para pedir, com toda a educação, para entrar mais um pouco, para não jogar tão na frente, os carroceiros ainda fazem piada e respondem mal para a gente. Ficamos até com receio de pedir, de falar alguma coisa, depois marcarem a pessoa e fazer outra coisa, e acontecer outra coisa. Por ser um local desse, não tem condições de isso continuar assim”, declarou.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Sesp e aguarda retorno.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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