Fila do SUS

Moradora do distrito de Tiquaruçu aguarda há 3 anos por cirurgia no fêmur

A paciente que hoje está aposentada por invalidez, segue aguardando pelo procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Paciente
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Telma Fonseca Silva, 46 anos de idade, aguarda por uma cirurgia no fêmur desde 2020. A paciente que hoje está aposentada por invalidez, segue aguardando pelo procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Moradora do distrito de Tiquaruçu, em Feira de Santana, Telma contou ao Acorda Cidade que os últimos anos estão sendo terríveis, diante de tantas dores que sente, além da grande quantidade de remédios que precisa tomar. Ela fez uma cirurgia no fêmur há 11 anos e precisa do novo procedimento, pois o osso está muito desgastado.

“Eu sinto muitas dores, utilizo medicamentos fortes que contêm corticoides, então eu fico toda inchada, tem noites que eu não durmo por conta das dores, então eu tomo remédio, mas o remédio espalha o sono, então as dores triplicam, não consigo me virar na cama, então a minha vida está se resumindo a remédio e dores. Quando não estou sentada, estou deitada, não aguento colocar os pés no chão sem as muletas, e a cada dia que passa, parece que vai piorando”, lamentou.

Ao Acorda Cidade, Telma contou que o procedimento cirúrgico em Feira de Santana só é realizado de forma particular e, por isso, é acompanhada no Hospital Manoel Victorino em Salvador.

“Eu sou acompanhada lá no Hospital Manoel Victorino, passo pelo médico, mas só vive remarcando, remarcando. Da última vez que eu fui agora no dia 1º de setembro, remarcaram minha consulta para março do ano que vem, e só ficam assim, me enrolando e eu sentindo dores. Aqui em Feira de Santana até faz o procedimento, porém só particular e neste caso é R$ 60 mil, R$ 70 mil, mas eu não tenho condições de fazer desta forma, por isso que estou pedindo esta ajuda, eu não aguento mais tantas dores”, afirmou.

Ainda segundo a aposentada, quando é atendida no hospital, o único procedimento é ser avaliada e ser receitada com novas medicações.

Acompanhando de perto o sofrimento da moradora do distrito de Tiquaruçu, Patrícia Fonseca informou que também já tentou apoio com a Defensoria Pública, mas ainda não obteve nenhum retorno.

Paciente
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“É muito sofrimento, tanto para ela, quanto para nós que estamos acompanhando-a todos os dias. Essa é uma situação revoltante, tanto tempo aguardando para fazer uma cirurgia e nada de resposta de ambas as partes, pois já tentamos de todos os jeitos, pela Defensoria Pública, pelo SUS, e nada. Estamos fazendo este apelo para que as autoridades, as pessoas possam nos ajudar de alguma forma, seja até pela divulgação ou conscientizando um hospital, algum médico, toda ajuda nós estamos aceitando”, concluiu.

O Acorda Cidade entrou em contato com a Central Estadual de Regulação e com a Secretaria Municipal de Saúde e aguarda retorno.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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