Rachel Pinto
Foi realizada na tarde de ontem (8), uma missa fechando o ciclo de comemorações pelos 72 anos da Rádio Sociedade News e os 42 anos da Princesa FM na igreja dos Capuchinhos em Feira de Santana. A missa reuniu os colaboradores e foi celebrada pelo superintendente das rádios, Frei Jorge Rocha com a participação de Frei Mário Sérgio e Frei José Monteiro Sobrinho. Frei Mário Sérgio afirmou a reportagem do Acorda Cidade que os frades Capuchinhos acreditam na comunicação como forma de evangelizar e de exercer a cidadania. Segundo ele, as emissoras de rádio não são eminentemente de programação religiosa, mas em toda programação o religioso está presente.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Porque cidadãos que somos, construtores desse mundo, também somos construtores do reino de Deus e em primeiro lugar eu quero parabenizar a iniciativa dos primeiros frades visionários. Que há 72 anos investiram em uma emissora de rádio. Era um pioneirismo e nós somos pioneiros em rádio no interior da Bahia, pioneiros em FM e pioneiros também nessa rádio para evangelizar. Primeiramente agradecer a Deus essa visão dos confrades e ao mesmo tempo pedir aos que estão hoje dirigindo essas emissoras que também tenham esse espírito de vanguarda e essa compreensão afinada de comunicação, evangelização e construção de cidadania”, declarou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
A importância do religioso na programação
O frei comentou sobre a importância do religioso na programação e de acordo com ele, a rádio nasceu para ser religiosa, para transmitir a palavra de Deus a muitos lugares de Feira de Santana e região. Durante muitos anos os frades capuchinhos foram responsáveis por grande parte da evangelização de Feira de Santana e para ele, o rádio queria ser a extensão dessa voz.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Pense nos rincões, há 72 anos. O radinho a pilha para poder se transportar para o universo religioso, o universo de doutrina de catequese. A rádio não pode jamais perder essa essência, sob pena de trair os seus pioneiros e de certa forma a intuição primeira que é evangelizar. Se eu pudesse usar uma palavra paralela para definir rádio, usaria a palavra reinvenção. O rádio foi se reinventando à medida em que as mídias foram surgindo. O rádio foi migrando pelo poder da oralidade, de adaptação. Pode-se fazer várias coisas e ouvir o rádio”, afirmou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Frei Mário Sérgio encerrou a entrevista comentando que o rádio tem o seu sentido pleno quando é a voz do povo, quando transforma a sociedade. Tudo que gira ao redor do rádio deve ser em função da construção da cidadania e de uma sócio transformação.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Isso ele cumpre a sua função, tanto é que é até exigido pelas leis que ele tenha de fato uma contrapartida para a sociedade. Porque senão seria uma comunicação vazia”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.