Feira de Santana

Ministro da Casa Civil diz que fica angustiado com abandono em Feira de Santana

O gestor esteve no município para reforçar seu apoio à candidatura de Zé Neto (PT) nas eleições municipais de 2024.

Ministro Rui Costa em Feira de Santana
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou em entrevista coletiva, na manhã deste sábado (28), que sente angústia quando vem a Feira de Santana, porque a sensação que tem é de uma cidade abandonada. O gestor esteve no município para reforçar seu apoio à candidatura de Zé Neto (PT) nas eleições municipais de 2024 e aproveitou a oportunidade para realizar uma coletiva de imprensa no Comitê Central do candidato, localizado na Avenida Getúlio Vargas.

Durante a coletiva, Rui Costa destacou que Feira de Santana precisa de uma nova oportunidade e ressaltou o histórico de Zé Neto. “Eu não comento sobre adversários. Acho que depois de tantos anos, Zé Neto merece uma oportunidade. O presidente Lula e o governador Jerônimo merecem uma parceria forte com Feira de Santana”, declarou.

O ministro falou sobre a importância da colaboração entre as esferas federal, estadual e municipal para a efetiva execução de programas federais, como o Minha Casa Minha Vida e a implementação de policlínicas. Ele pontuou que o sucesso desses programas depende do governo municipal, principalmente no cadastramento de suas propostas. “Se o prefeito, a prefeita e o governador não abraçarem a ideia, as coisas não vão acontecer”, afirmou Costa.

Rui Costa criticou alguns espaços do município, afirmando que ela encontra-se em estado de abandono.

“Cheguei aqui em Feira agora, e por onde você passa, a cidade está com aspecto de abandono. Eu não estou falando de pessoas, estou falando de constatação. Eu passei por um ginásio ali e é só mato. Toda vez que venho aqui me dá uma angústia danada, porque a sensação que tenho é de uma cidade abandonada, sem planejamento, sem cuidado. Feira tem uma vocação, pelo seu tamanho e posição estratégica, de ser uma referência para a Bahia e para o Brasil, de ser um símbolo de planejamento para o Brasil. Alguém que está sentado na cadeira de Feira não pode se isolar e achar que é o melhor remédio”, declarou o ministro.

Ele acrescentou que Feira de Santana tem um grande potencial, devido à sua posição estratégica no estado, possuindo o maior entroncamento rodoviário do Norte-Nordeste, mas que esse potencial não está sendo bem aproveitado.

“A cidade merece mais, merece uma cidade bonita, bem conservada, limpa, com uma zeladoria boa. Mas está tudo cheio de mato, as praças abandonadas”, afirmou Rui Costa.

Ao falar sobre a saúde pública, o ministro destacou os investimentos realizados durante sua gestão como governador, como a ampliação do Hospital Clériston Andrade, a construção do Hospital da Criança e a implementação de UPAs e policlínicas. No entanto, criticou a falta de diálogo com o governo municipal.

“Feira é uma cidade grande, uma das maiores do país, e pela sua posição logística, atrai necessariamente a população do seu entorno. Isso não pode ser feito apenas pelo governo do estado. Fizemos um novo HGE, UPA, policlínica. Ou seja, fizemos maternidade agora, estamos ampliando o Clériston […], mas é preciso que o município faça a sua parte, não só a sua parte de investimento, mas a sua parte de diálogo, porque, infelizmente, pior do que não fazer investimento, é se negar ao diálogo e ao entendimento para definir uma estratégia de articulação e ação”, disse Costa.

O ministro também declarou que contratos com o setor privado para cirurgias foram cancelados, o que acabou sobrecarregando o sistema público estadual.

“O município cancelou todos os contratos que tinha com o setor privado para cirurgias, com o objetivo claro de entupir o Clériston Andrade de gente. Ou seja, é uma estratégia que tem se pautado nos últimos anos mais pela disputa política partidária do que para cuidar do povo de Feira. Na saúde, é sistema federal, estadual e municipal. Independente de partido de cada um, tem que dialogar, tem que se entender para a qualidade do serviço ser boa. O modelo adotado no Brasil é assim: ou os três entes se conversam e pactuam, conversam diariamente, semanalmente, ou as coisas não funcionam. Infelizmente essa é a situação de Feira de Santana”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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