Feira de Santana

Mesmo sem data definida para vacinação contra covid-19, prefeitura de Feira de Santana já está pronta para campanha

Em Feira de Santana a estrutura de vacinação já está pronta, conforme garantiu o prefeito Colbert Martins.

Acorda Cidade

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse na quarta-feira (23) que as constantes mudanças de cenário dificultam a definição de um cronograma de vacinação contra o novo coronavírus no Brasil. Segundo ele, o governo está negociando “todos os dias” com as diversas empresas que desenvolveram imunizantes contra a doença.

Leia também: Anvisa cria comissão para avaliar registro e autorização de vacinas

Enquanto a campanha de vacinação não é iniciada, cabe os estados e prefeituras se prepararem para quando receberem as doses estejam prontos para iniciar a imunização da população. Em Feira de Santana a estrutura de vacinação já está pronta, conforme garantiu o prefeito Colbert Martins durante entrevista coletiva online, realizada na última terça-feira (22).

Foto: Jorge Magalhães

“A nossa estrutura de vacinação está pronta e na hora que vier as vacinas, da mesma forma que fazemos vacinas permanentes na rede, nós vamos ampliar para vacinarmos em toda a rede municipal, nas 173 áreas que temos aqui em Feira de Santana. O importante é que essa vacina possa chegar. Nossa rede de frio está pronta para as vacinas como a da Pfizer que exige uma temperatura muito mais baixa”, disse.

A médica infectologista Melissa Falcão destaca que a prefeitura já está equipada para armazenar e distribuir as vacinas nos postos de vacinação.

Foto: Jorge Magalhães

“Em relação a vacina nós não temos como adiantar nada até a liberação da Anvisa e a gente não consegue comprar diretamente como município, isso é feito pelo governo federal e pelo Estado da Bahia que é quem vai organizar a vacinação e distribuir para os municípios. Assim que isso for feito, o que a gente já tem visto para se organizar é a disponibilidade de Freezer a 70% , caso seja liberada a vacina que precise desse equipamento para armazenar no município e fazer essa distribuição. A gente ainda não tem uma previsão de quando isso vai acontecer, porque a gente ainda não tem essa liberação da Anvisa fazer o uso na população, depois que essa medida for liberada a gente depende da aquisição pelo governo federal e pelo governo da Bahia para distribuir para o nosso município”, disse.

Foto:  Thiago Paixão

Até agora, ao menos nove países já começaram a imunizar a população contra a Covid-19. O Reino Unido foi o primeiro país a usar a vacina da Pfizer/BioNTech, seguido de Estados Unidos, Canadá, Arábia Saudita e Israel. Ao todo, mais de dois milhões de pessoas já foram vacinadas. A Rússia usa a vacina Sputnik V, do Instituto Gamaleya, para imunização em massa. O governo disse que mais de 200 mil pessoas foram vacinadas. A China usa doses das candidatas da Sinovac e Sinopharm (as duas são fabricadas no país).

Cronograma mutável

“O cronograma de distribuição e imunização é mutável”, ressaltou o ministro da Saúde após visitar o Centro de Distribuição de Insumos Críticos da Saúde em Guarulhos, na Grande São Paulo.

“Empresas que apresentam novas propostas. Fabricação que é interrompida ou acelerada. Registro na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Toda e qualquer vacina que seja distribuída pelo Sistema Único de Saúde [SUS] estará registrada com a garantia de segurança e eficácia”, enumerou sobre os fatores que dificultam estabelecer um calendário para a vacinação em massa no país.

O ministro voltou a dizer que na melhor das hipóteses a vacinação pode começar a partir de 20 de janeiro e em uma perspectiva mais pessimista, somente no final de fevereiro.

De acordo com Pazuello, o governo federal defende que a imunização seja “voluntária”. O ministro destacou ainda que o SUS está preparado para fazer a vacinação tão logo o medicamento esteja disponível.

“Nós temos a estrutura e a capacidade para distribuir: receber, armazenar, manusear, transportar e entregar em cada ponto do Brasil a vacina contra o coronavírus”, destacou.

Governo de SP recebe lote com o equivalente a 5,5 milhões de doses da vacina CoronaVac

O governo estadual, recebeu, na manhã desta quinta-feira (24), véspera de Natal, um carregamento que totaliza 5,5 milhões de doses da CoronaVac. De acordo com o Executivo, é a maior remessa do imunizante desembarcada no Brasil.

A vacina contra o novo coronavírus, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, concluiu a fase 3 de testes e ainda precisa de aprovação Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As doses chegaram no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), por volta de 5h30 em um voo da China que fez escala na Suíça, e em seguida foram descarregadas no terminal de cargas.

Acorda Cidade com informações da Agência Brasil e do G1/Bem Estar
 

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