Laiane Cruz
A procura por vagas de emprego na Casa do Trabalhador continua alta em meio à pandemia do coronavírus, em Feira de Santana. De acordo com o diretor do órgão, Fábio Souza, cerca de 300 pessoas se dirigem ao local todos os dias em busca de trabalho, mas esse número já chegou a mais de 600 em um só dia.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Algumas dessas pessoas, já estão há mais de um ano desempregadas, e no desespero, muitas vezes, vão em busca de qualquer tipo de vaga que possa lhe tirar do sufoco. É o caso do motorista Robério Alan Santos Lopes, de 39 anos, que procura por uma vaga desde que a pandemia começou e ele perdeu o trabalho. Ao Acorda Cidade, ele informou que já foi à Casa do Trabalhador diversas vezes à procura de uma chance no mercado de trabalho, mas ainda não obteve sucesso. Na manhã de hoje, ele foi ao local para mais uma tentativa.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Ele disse que além de trabalhar como motorista também já atuou na indústria. Enquanto não consegue uma vaga de trabalho, sobrevive fazendo pequenos serviços. “Faço bicos, pois a gente não pode ficar parado que a gente tem filho. Há expectativa de conseguir um trabalho, pai de família não pode desanimar”, afirmou.
O pedreiro e encanador Lourival Souza de Jesus, 42 anos, contou que desde o ano passado sai pela cidade de bicicleta à procura de emprego. Ele também esteve na fila da Casa do Trabalhador hoje, pois anseia encontrar um trabalho de carteira assinada.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
“Eu faço trabalhos como diarista e cobro 150 reais a diária. Mas um cara que tem família, filho, tem água, luz, despesa dentro de casa, vai criando aquela bola de neve e você não sabe se vai tirar no fim do mês. Quero uma coisa fixa, pra eu sair de manhã e saber o destino pra onde eu vou, e chegar o final do mês ter aquele dinheiro pra comprar o alimento, pagar água, luz”, informou o prestador de serviço.
A maior preocupação dele, conforme revelou, são os filhos, de 9 e de 16 anos, mais um neto, por isso, diariamente, enfrenta uma longa rotina à procura de serviço ou trabalho fixo. “Eu saio cinco horas da manhã, rodando a Feira de Santana toda, no Anel de Contorno, até a BR-101, volto e vou pra o lado do lixão, até São Gonçalo. É tudo de bicicleta”, contou, informando também o telefone para contato 75. 9965-3315, para quem desejar contratar algum serviço.
Saldo positivo de empregos
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Segundo Fábio Souza, diretor da Casa do Trabalhador, por conta da pandemia, Feira de Santana continua com um índice grande de desemprego, como em grande parte dos municípios brasileiros.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Apesar disso, ele informou que a cidade continua se destacando como a maior geradora de emprego da Bahia, ocupando o segundo lugar, também por se tratar de um dos maiores entroncamentos rodoviários do nordeste e que gera uma grande quantidade uma mão de obra.
“Esse ano de 2021, pelos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), temos 11. 500 admitidas e 8. 864 desligadas, isso gera um saldo de 2.636 pessoas contratadas. É um saldo positivo. Estamos numa pandemia, sabemos a situação do país, e Feira continua se consolidando como a maior geradora de emprego da Bahia, perde apenas pra Salvador”, destacou.
De acordo com ele, o perfil de pessoas que se dirigem ao órgão à procura de emprego é bastante variado. São pedreiros, vendedores externos, internos, motoristas de empilhadeira, segurança, agente de limpeza e portaria, sendo assim o setor de serviços o campeão de buscas.
Fábio Souza ressaltou que a taxa de desemprego em Feira de Santana vai depender do decorrer da pandemia.
“A taxa de desemprego vai depender de como vai ficar a pandemia. Com a vacinação, estamos começando a retomar as coisas devagar, apesar das medidas restritivas ainda. O comércio já está começando a abrir, a gerar um pouco mais de visitas, as pessoas estão começando a comprar mais e isso com certeza vai gerar um índice de emprego maior”, avaliou.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Para se cadastrar na Casa do Trabalhador, os interessados devem se dirigir ao órgão localizado na Rua Castro Alves, 894, bairro Serraria Brasil, munidos com RG, CPF, comprovante de residência e carteira de trabalho.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
