Feira de Santana

Mesmo com mais de mil empresas fechadas, saldo é positivo no comércio de Feira de Santana

O presidente da Associação Comercial de Feira de Santana afirmou que, apesar de algumas portas terem sido fechadas, o cenário econômico de Feira não é tão assustador como aparenta.

Laiane Cruz

O fechamento de lojas no comércio de Feira de Santana é algo que assusta a população, sobretudo em um cenário de crise econômica e os números do desemprego, que atinge 13 milhões de pessoas no país.

No Boulevard Shopping, o fechamento de grandes lojas, a exemplo da Leader, LG e Insinuante, também chamou a atenção. No entanto, de acordo com o superintendente do empreendimento, Ricardo Mendes, esse é um processo natural, uma vez que todo shopping passa por renovação.

“A Leader vem passando por um processo de ajuste interno e optou por sair de alguns lugares a nível nacional e no lugar dela vamos abrir em breve a Preçolândia. A Insinuante não existe mais, quem existe hoje é a Ricardo Eletro, e por entendimentos comerciais optamos por romper nosso contrato, e para aquele local vamos trazer outro grande varejista do mercado de eletrônicos. E para o lugar da LG está vindo a marca Biomundo, que vende produtos naturais. Então esse é um processo natural de renovação do empreendimento”, afirmou.

Ricardo Mendes informou que novas lojas abriram este ano no Boulevard, como a Santa Lolla, Polishop, restaurante Meu Chapa, e estão chegando novas como a Samsung, Preçolândia, Track and Field, Sal e Brasa, Farmanutri, entre outras. “São lojas que atendem à população como um todo. E já estamos pensando em uma próxima expansão”, disse.

O presidente da Associação Comercial de Feira de Santana (Acefs), Marcelo Alexandrino, confirmou também que, apesar de algumas portas terem sido fechadas, o cenário econômico de Feira não é tão assustador como aparenta.

De acordo com ele, dados da Junta Comercial (regional de Feira de Santana) revelam que foram abertas até julho deste ano, em Feira, 1.708 novas empresas, o que representa 10,67% do total de empresas abertas na Bahia. No mesmo período, na Bahia, fecharam 13.796 empresas. Em Feira, foram 1.379, gerando um saldo positivo de mais de 300 novas empresas na cidade.

“A crise abateu o comércio no Brasil inteiro durante um período muito longo e Feira de Santana acabou sentindo. Mas, a cidade é resiliente, demoramos a entrar na crise, e tenho certeza que vamos estar sempre um pouco à frente, pra sair mais cedo da crise. Feira tem um comércio forte e um setor industrial também forte. Nos últimos 12 meses, foram mais de mil vagas criadas. Tudo isso são sinais claros e inequívocos que o comércio começou a se recuperar”, declarou o presidente da Acefs.

Ele ressaltou que o fechamento de algumas empresas no comércio faz parte de um processo natural. “Em qualquer comércio, seja de shopping ou de rua, há rotatividade de lojas, mesmo lojas grandes, como a Insinuante que já vem um tempo em um processo de recuperação das suas economias, assim como a Leader. Então é uma rotatividade natural, e como estamos passando um momento de crise, o fechamento das lojas salta aos nossos olhos.”

Alexandrino ainda citou como exemplo positivo a Avenida Getúlio Vargas, aonde, segundo ele, há pouco mais de um ano, só havia placas de aluga-se. “Hoje são muito poucas. Então podemos ver que existe uma recuperação da economia, e isso está refletido nos números do Caged, onde o comércio teve um superávit de mais de mil empregos.”

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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