Gabriel Gonçalves
Após o início da 'Operação Fogueira' no dia 23 de junho, a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da Prefeitura de Feira de Santana, realizou 386 fiscalizações até às 5h da manhã de segunda-feira (28), resultando em mais de 60 estabelecimentos fechados por descumprirem o horário do Toque de Recolher e mais de 250 fogueiras apagadas.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário de Prevenção à Violência, Moacir Lima, explicou que mesmo com um número alto nas ocorrências registradas pela secretaria durante o período das fiscalizações, nenhum estabelecimento foi interditado.
"Estamos basicamente na média de atendimento com relação a esse tipo de ocorrência que estamos fazendo em Feira de Santana, inclusive não tivemos nenhum estabelecimento interditado durante esse São João. O nosso foco também das fiscalizações, eram as fogueiras que as pessoas estavam acendendo, então nossa equipe chegava, conversava com o proprietário e eles, pegavam um balde e apagavam. Esperamos que no próximo São João, já possamos estar em condições melhores e o importante nesse momento, é contribuir junto com a prefeitura, pois o prefeito faz a parte dele, nós estamos fazendo a nossa, a própria Polícia Militar também nos auxilia e assim, nós esperamos que possamos ter um São João mais tranquilo e diferente no ano que vem", destacou.
De acordo com o secretário, as ações também foram intensificadas na zona rural, onde já havia possibilidade de existir qualquer tipo de aglomeração.
"No sábado por exemplo, nossa equipe estava se dirigindo para o bairro do Limoeiro, quando fomos comunicados que estava tendo uma operação da Polícia Militar, através da Rondesp, no objetivo de prender alguns elementos, inclusive vieram a óbito, mas eu não poderia expor minha equipe no meio de um confronto policial. Então a PM sempre está entrando em contato com a gente, mas a zona rural está com as fiscalizações bastante intensificadas, tanto pela 67ª Companhia Independente de Polícia Militar (67ª CIPM),, quanto a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), onde muitas festas foram abortadas", explicou.
As fiscalizações que terão continuidade, seguem como forma de combater as irregularidades que estão em desacordo com os decretos estadual e municipal. Para o secretário, é satisfatório interromper uma festa com mais de 100 pessoas, pois ali, está uma grande concentração da probabilidade do vírus ser compartilhado com outras pessoas.
"O que nos traz um certo ânimo, é encerrar uma festa em que as pessoas estão se aglomerando. São pessoas que estão descumprindo as regras, você fecha um estabelecimento de uma pessoa que está ali com seu comércio para sobreviver, mas quando você encerra uma festa com 100, 200, 300 pessoas, com toda certeza, são pessoas que não possuem nenhum tipo de noção das coisas e nossa equipe de FPI está nas ruas, justamente para fiscalizar e se for o caso, apreender e realizar fechamentos de estabelecimentos", concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade