Laiane Cruz
Materiais fabricados com ferro, aço e alumínio são muito comuns no nosso dia a dia, não é mesmo? São panelas, talheres, copos, garrafas, acessórios para carros, portas e janelas, eletrodomésticos, entre uma infinidade de produtos e materiais que utilizamos e, quando não servem ou não queremos mais, descartamos.
Mas, você já parou para pensar quanto tempo esses materiais levam para se decompor na natureza? O lixo que descartamos leva anos e até séculos. E materiais como aço, ferro e alumínio podem levar de 100 até 500 anos para serem absorvidos pela mãe Terra.
Foi pensando na natureza que o mecânico Paulo Roberto Boaventura, morador do Parque Getúlio Vargas, resolveu aproveitar sua veia artística para dar sua contribuição ao planeta e criar de forma engenhosa peças com materiais recicláveis, utilizando o aço e o ferro como matérias-primas.
A ideia surgiu há cerca de oito anos. De lá para cá, ele já criou diversos tipos de animais, como baleias e girafas. Motocicletas, carros, máquinas fotográficas, instrumentos musicais e peças personalizadas. Os objetos são fabricados nas horas vagas, entre um conserto e outro dos carros que chegam à oficina.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Aqui na oficina, tinha muitas peças que iam pra o descarte, de peças que demoram anos pra se decompor na natureza e eu resolvi, por inspiração que Deus colocou em mim, fazer essas peças de arte pra decorar casas, lares e suavizar a vida de muita gente. O que vem na inspiração, eu vou fazendo”, relatou o mecânico e artista visual.
De acordo com Paulo, elaborar as peças é algo que traz prazer e ele faz com muita dedicação e amor. O resultado são peças que impressionam, pela riqueza de detalhes.
“Pra mim não é difícil, nem demorado. Faço com amor, prazer e dedicação. Tem peças que demoram mais, outras menos. Elas são de materiais recicláveis, mas a matéria-prima é ferro, algo que demora anos pra se decompor na natureza. Minha família tem uma veia artística, e eu comecei a fabricar naturalmente, não foi nada forçado, nem houve curso. As peças foram fluindo. Pra mim é um lazer, e às vezes, quando eu vendo fico um pouco triste, porque fico com um apego”, revelou Paulo Boaventura.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Empreendedorismo
O mecânico viu em suas criações a oportunidade também de empreender e incrementar a sua renda. O negócio vem dando certo, ele comercializa suas obras para arquitetos, empresas e pessoas que desejam decorar suas residências. Segundo Paulo, os valores variam conforme o modelo e custam a partir de R$ 300.
Quem desejar adquirir algum desses objetos pode entrar em contato com ele através do (75) 99116-9697.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade