Ney Silva e Rachel Pinto
Aos gritos de ‘Um, dois, três, quatro, cinco, mil, ou param a reforma, ou paramos o Brasil’. Milhares de pessoas, entre estudantes, professores, sindicalistas e trabalhadores de várias categorias aderiram a manifestação nacional realizada nesta quinta-feira (30), convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) contra a Reforma da Previdência e por um educação de qualidade.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Em Feira de Santana, os manifestantes se concentraram inicialmente na Praça Tiradentes, conhecida como Praça do Gastão Guimarães e depois seguiram pela Rua Aristides Novis em direção a Getúlio Vargas para o centro comercial da cidade. Os manifestantes além de gritos de ordem, usavam faixas e cartazes como forma de protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro.
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A estudante Gabriela de Oliveira Moreira disse que os estudantes não estão contra o presidente ou o partido que ele representa e sim lutando por educação.
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“Eu acho que a educação tem que ser um investimento no Brasil. Os governos precisam investir em educação, na saúde, na cultura. Porque sem essas três vertentes o país vai para onde? Eles falam que querem transformar o país em primeiro mundo. Como fazer isso se não tem uma educação de primeiro mundo?”, observa Gabriela.
Estudante da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Maria Clara Rocha, segurava um cartaz com a frase: “ Se arme de livros e se livre de armas”. Ela justificou a sua iniciativa.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“A gente está precisando muito mais de liberdade para a educação. Em contrapartida, o presidente pensa em liberar fuzil e porte de armas sendo que a base da sociedade é a educação. Então ao invés de liberar armas para a população, temos que nos armar com livros”, afirmou.
Representando a Frente Brasil Popular, Elisio Santa Cruz destacou que essa mobilização nacional é um movimento importante.
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“O povo está nas ruas contra a Reforma da Previdência, em defesa da educação e com uma pauta em defesa dos direitos da classe trabalhadora e dos direitos dos estudantes e professores”, comentou.
Professor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e integrante do diretório estadual do partido Unidade Popular pelo Socialismo (UP), Aroldo Félix destaca que esta é a segunda mobilização do povo brasileiro este mês em defesa da educação.
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“Eu sou professor da UFRB e como professor observo que as nossas universidades sofreram cortes de mais de 30% no seu orçamento e não é possível manter o funcionamento até o final do ano. Possivelmente no máximo até agosto as universidades vão funcionar”, acrescentou.
Ele relatou que essa manifestação tem por objetivo reverter esses cortes na educação e barrar a Reforma da Previdência. O professor frisou também que os trabalhadores brasileiros estão se mobilizando para a Greve Geral no próximo dia 14 de junho. De acordo com ele, o movimento será um ato unificado com os estudantes e demais trabalhadores brasileiros.
Integrante do movimento Levante Popular e uma das organizadoras dessa manifestação em Feira de Santana, a estudante Lorena Carneiro fez uma avaliação do evento.
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“O ato de hoje é uma demonstração de grande força da juventude, dos estudantes e dos trabalhadores e trabalhadoras que vieram para ruas lutar em defesa da educação. A gente está muito feliz, animado e isso mostra que os cortes que o governo Bolsonaro está anunciando não serão aceitos pela população”, afirmou.
Lorena comentou ainda que houve o grande ato no dia 15 de maio, com a participação de cerca de dez mil pessoas e agora mais uma mobilização. Ela ressaltou que essas mobilizações significam que Feira de Santana participará ativamente da Greve Geral no próximo dia 14 de junho.
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