Feira de Santana

Mais de 40 pessoas de uma comunidade rural reclamam de sintomas da dengue, zika e chikungunya

Uma equipe do setor de endemias foi até a comunidade e já está trabalhando pare reduzir o número de casos suspeitos das arboviroses.

Daniela Cardoso e Ney Silva

Os moradores da comunidade de Lagoa das Pedras, que pertence ao distrito de Jaíba e fica próxima ao Aeroporto de Feira de Santana, estão preocupados com o aparecimento de sintomas das três arboviroses: dengue, zika e chikungunya. A preocupação aumenta pelo fato da maioria das pessoas ser idosas, o que vem deixando o organismo fragilizado podendo se agravar, caso alguma dessas pessoas venham a se infectar com o coronavírus.

A professora Luciene Brito é uma das vitimas das arboviroses. Ela acredita que está com dengue e falando em nome da comunidade pediu ajuda. “Nossa comunidade tem vivido dias difíceis, os moradores locais tem sofrido um surto de doenças que possui os mesmos sintomas, desde crianças a pessoas idosas. Geralmente sentem febre, dores nas articulações, inchaço dos membros superiores e inferiores e também coceira. Descobrimos que o número de moradores atingidos está chegando a 45 pessoas, então queremos ajuda dos órgãos competentes”, afirmou.

Segundo ela, muitos moradores com o quadro das doenças procuraram uma unidade de saúde e foram prescritas apenas algumas medicações. “Quando se fez os exames, não sei se foi para detectar dengue, o médico disse apenas que era um quadro viral, mas não sabemos que vírus é esse. Eu, por exemplo, tomei medicação na Unidade de Pronto Atendimento ontem a noite e ainda estou com dores nas articulações, inchaço e com o corpo todo avermelhado. Nossa comunidade precisa ser assistida por agentes de endemias. A visita é feita aqui de três a quatro vezes por ano”.

 A trabalhadora rural Anaildes Souza também sente sintomas que se assemelha aos das arboviroses. Ela relata a situação e diz que não sabe ao certo de que doença se trata. “Desde sexta-feira que estou com sintomas, dores no corpo todo e nas articulações, mas ainda não fui no posto de saúde”, afirmou.

O coordenador de endemias, Edilson Matos, explica o que vem sendo feito para resolver a situação. “Recebemos muitas reclamações de pessoas com sintomas dessas arboviroses, diante disso, estamos com uma equipe de bloqueio, equipe de educação e saúde e o pessoal fazendo o trabalho casa a casa e vamos também estar com o pessoal de recolhimento de pneu nessa localidade. Pedimos aos moradores que nos ajudem, pois 80% dos focos são encontrados dentro do domicílio e é muito importante a participação dos moradores. Não deixem tanque descoberto, olhe se tem no vaso planta larvas do mosquito”. 

Uma equipe do setor de endemias foi até a comunidade e já está trabalhando pare reduzir o número de casos suspeitos das arboviroses.


 

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