Manifestação

Mais de 300 comerciantes e empresários participam de novo protesto contra o lockdown

É o segundo protesto contra o fechamento do comércio realizado nas últimas 24 horas.

Rachel Pinto

Os protestos contra o lockdown continuam em Feira de Santana. Mais de 300 motoristas e motociclistas realizaram uma manifestação com buzinaço, na manhã desta terça-feira (2), saindo da frente do Boulevard Shopping e percorrendo toda a Avenida Getúlio Vargas.

Os participantes são pessoas ligadas a estabelecimentos comerciais e pedem que o comércio seja reaberto, pois, segundo eles, há muitas despesas como salários de funcionários e impostos a pagar.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O lockdown foi prorrogado pelo governador Rui Costa e o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins da Silva, seguiu a determinação de restringir as atividades comerciais e a circulação de pessoas até às 5h de quarta-feira (3).

Um empresário que participou do movimento disse ao Acorda Cidade que a população está fazendo a sua parte e espera que o governo também tome atitudes. Para ele, lockdown não funciona mais.

"Sou empresário há 20 anos e temos que trabalhar, pagar nossos funcionários. Boletos não esperam”, declarou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Outro empresário do setor de autopeças reclamou que está sem trabalhar. “A gente quer trabalhar, abrir a nossa loja. Cadê você prefeito?”, indagou.

Henrique Silva, um dos responsáveis pelo protesto, relatou que estava satisfeito com a adesão da categoria empresarial ao movimento contra o fechamento do comércio.

“A sociedade não aguenta mais e a gente tem um ano vivendo isso e as únicas medidas que tomam é lockdown. Acabou de sair uma nota do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Brasília que mostra a ineficácia do lockdown. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) ontem emitiu um parecer mostrando que as pessoas se infectam muito mais em casa, do que no ambiente de trabalho, porque no ambiente de trabalho tem protocolo. Na minha loja tem álcool em gel na porta, os clientes só entram na com máscaras. O lockdown mata, mas mata de fome. As pessoas estão ficando mais pobres a cada dia que passa. O que nós estamos construindo para o futuro? Estamos destruindo”, declarou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Henrique acrescentou ainda que vários segmentos empresariais estavam presentes no protesto, e que a categoria não vai aceitar mais as medidas restritivas de forma passiva.

“A gente está unido. A sociedade cansou dos políticos e quer uma resposta. Precisamos nos manifestar todos contra esse absurdo. Mostrar que o trabalhador organizado é quem gera riqueza para o estado e para os cofres públicos”, concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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