Laiane Cruz
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) de Feira de Santana registrou no ano passado 111 mil inclusões de débitos em sua base de dados. Por outro lado, 93 mil recuperações de crédito foram realizadas durante o período.
De acordo com o diretor do SPC Feira, Rui Santana, os números referem-se à quantidade de débitos que não foram pagos no comércio da cidade e não de pessoas que estão com os nomes negativados. “Pois uma pessoa pode ter mais de um débito”, explicou.
Segundo ele, boa parte dos consumidores que buscam informações no balcão do órgão alega ter emprestado o nome a terceiros, e a maioria das pessoas que está com o nome negativado no município é do sexo feminino.
“Uma recomendação que sempre fazemos é que se esse terceiro não cuidou do próprio nome, não vai cuidar do nome da pessoa que está emprestando. Tinha uma gerente de banco que me dizia assim: ‘Talvez valham mais cinco minutos de constrangimento, eu me negando a emprestar o nome, do que o resto da vida de inimizade’”, declarou.
Rui Santana lembrou das dificuldades que a pessoa inadimplente tem para efetuar compras no comércio, além de não poder adquirir imóveis, e orientou que todo aquele que está nessa situação pode procurar o SPC para tirar suas dúvidas ou, caso tenha consciência de onde possui o débito, procurar a empresa diretamente para fazer a renegociação das suas dívidas.
“A partir da negociação a casa comercial tem que dar baixa no nome do consumidor. A empresa não pode alegar que vai receber parcelas para dar baixa no sistema. Na primeira parcela que o consumidor pagar a empresa é obrigada a dar baixa. Já passa a vigorar novo prazo, e caso a pessoa não cumpra com o compromisso assumido, a empresa volta a incluir o nome do cliente novamente no SPC”, explicou.
O diretor do SPC Feira salientou ainda que muitas empresas estão fazendo campanhas para as pessoas quitarem dívidas com liberação de juros e multas, recebendo somente o principal e colocando novas datas nesse débito.
Ele informou que no balcão do SPC é possível obter também informações sobre débitos na base de dados do Serasa, que é mais voltado para os bancos, mas passou a prestar informação também para o comércio.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.