Jacionete Oliveira da Paixão, de 48 anos, enfrenta uma batalha diária para cuidar do filho de 13 anos, que convive com transtornos mentais e apresenta um comportamento cada vez mais agressivo. Apesar de estar em acompanhamento pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps), o adolescente ainda não teve um diagnóstico conclusivo, e os tratamentos realizados até agora não surtiram efeito.
Ela relatou ao Acorda Cidade que filho agride fisicamente tanto ela quanto o irmão, além de causar tumultos dentro e fora de casa. Desesperada, a família, que mora no bairro Jardim Cruzeiro em Feira de Santana, pede ajuda de profissionais que possam oferecer terapias e suporte especializado.
“Meu filho está cada vez mais agressivo, me batendo muito, chamando a atenção dos vizinhos, geralmente acontece à noite”, desabafa Jacionete, que relata conviver com essa situação desde que o menino tinha 8 anos.
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O comportamento agressivo começou na escola, quando ele chegou a atacar colegas, o que levou a família a procurar ajuda médica. No Caps Olhos D’Água, o adolescente iniciou um tratamento com medicamentos como quetiapina, clozapina e aripiprazol. “Pensei que com os remédios ia melhorar, mas cada vez mais está piorando e está ficando muito sério”, lamentou.
Segundo a mãe, os próprios médicos suspenderam o tratamento com alguns medicamentos porque não estava tendo efeito.
A falta de um diagnóstico definitivo agrava ainda mais a situação. Inicialmente era considerado autista, mas há suspeitas de que ele também possa ter esquizofrenia ou Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). “É muito agressivo, me batendo, bate nas coisas, no irmão. Tenho marca no corpo da agressividade dele”.
Segundo a sobrinha de Jacionete, Tainá, os sintomas são complexos e difíceis de tratar. “A gente tem que estar sempre perto dela, porque a cada dia que passa ela vai ficando mais fraca e ele mais forte. Da última vez que eu estive aqui, ele estava tentando jogar a mãe pela janela. Então ele implica demais com a mãe, quer agredir porque ele, teoricamente, culpa a mãe por ele ser assim. Ele não entende a situação e acha que a mãe tem que tirar ele de casa, que ele tem que sair, que ele tem que fazer amigos. Mas por conta da agressividade, a gente não está conseguindo ter uma interação social com ele “, explicou ao Acorda Cidade.
O isolamento social e a falta de atividades adequadas também contribuem para a piora do quadro. Jacionete precisou abandonar o trabalho para cuidar do filho, porque os riscos são ainda maiores e constantes.
O cenário é de esgotamento físico e emocional para ela, que enfrenta constantes ameaças e agressões. “Ele fala que vai me matar, que quer me jogar pela janela. Eu não consigo nem dormir”, disse.
Embora o Caps continue acompanhando o adolescente, a mãe afirma que a família precisa de mais suporte, como acompanhamento psicológico, terapia ocupacional e apoio de fonoaudiólogos. “Ele está preso em casa porque, quando saio com ele, ele me agride muito. Preciso de ajuda de profissionais, mas não temos acesso”.
A família pede apoio para superar a situação. Quem puder ajudar pode entrar em contato pelo telefone (75) 98126-1356 ou visitar a residência na Rua Senhor do Bonfim, nº 27, no Jardim Cruzeiro.
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