Laiane Cruz
A comerciante Wilma dos Santos Silva enfrenta dificuldades, desde o início da tarde desta sexta-feira (10), para receber atendimento de emergência para a filha Geovanna Anunciação, de 18 anos, que tem paralisia cerebral e sofreu uma luxação no quadril e no tórax.
Wilma levou a filha ao Hospital Unimed na tarde de hoje, uma vez que a garota possui o plano de saúde Unimed Norte e Nordeste. Porém, o atendimento foi negado, causando indignação, uma vez que a mensalidade do plano está em dia.
“Estou precisando de atendimento para minha filha, que tem paralisia cerebral, e aqui no Hospital Unimed Feira não estamos tendo esse atendimento. Minha filha tem o plano Unimed Norte-Nordeste e até então a gente chegou para o atendimento e o pessoal da recepção informou que em Feira esse plano não está mais atendendo. Uma funcionária do hospital informou que o Unimed Norte- Nordeste não estava dando retorno a eles, e a CNU disse que não pode atender minha filha no hospital porque eles não têm obrigação com o plano. Então estou desde às 14h30 aqui, pois minha filha teve uma luxação no quadril e tórax”, informou Wilma.
Segundo a comerciante, ela já vinha enfrentando dificuldades para garantir o atendimento da filha. A última ida de Geovanna ao Hospital foi em maio. Após isso, a filha perdeu o serviço de homecare fornecido pelo plano, além da medicação que ela utiliza, e que custa 8 mil reais.
“Minha filha tinha uma homecare e houve o descredenciamento. Então já fiquei preocupada e fui procurar informações, e me notificaram que esse plano estava decretando falência. Mas como não estava tendo emergências eu não corri atrás. Mas de julho para cá começaram os atendimentos dela, devido às luxações e a falta do medicamento, que custa 8 mil reais, de três em três meses, que o plano não liberou mais e eu tive que entrar na Justiça. Estou com uma liminar desde o dia 26 de julho, mas não estou tendo atendimento”, relatou.
Wilma informou ainda que Geovanna está com comprometimento por conta de um desvio severo da coluna, que está comprimindo o pulmão dela, dificultando até de respirar. “E agora estou de mão atadas porque eles pediram até o boleto, que está pago. O plano está em dias. Eu só saio depois de ser atendida”, declarou.