Rachel Pinto
Márcia Santana Rodrigues, mãe de Rayam Kevis Rodrigues, de 13 anos, está morando com o filho no Hospital da Criança (HEC) em Feira de Santana, há um ano e cinco meses porque não têm para onde ir. O adolescente foi internado no ano passado na unidade hospitalar, foi submetido a uma traqueostomia, recebeu alta, mas não pode voltar para a residência na qual morava anteriormente com a mãe.
Márcia alega que a casa localizada na Expansão do Conjunto Feira IX em Feira de Santana, foi condenada pela Defesa Civil e não tem condições de acolher o garoto que precisa de cuidados especiais e utiliza ventilação mecânica. Segundo ela, além da residência estar com a estrutura condenada, é muito úmida, quando chove entra água, lama e essa situação pode piorar ainda mais o quadro de saúde de Rayam.
Márcia frisou que o imóvel precisa passar por uma reforma, mas ela não tem condições de arcar com as despesas.
“Temos um ano e cinco meses no hospital. Sendo que ele já tem 11 meses de alta. Não podemos ir para casa porque minha casa não tem condições de recebê-lo. A Defesa Civil já condenou nossa casa e aí a gente está aqui no hospital porque não pode ir para casa, eu não tenho condições de fazer uma reforma e eu peço para quem puder, me ajude com material de construção. O hospital está acolhendo a gente e eu consegui um aluguel social. Mas, só que esse aluguel, só dura de três a seis meses”, declarou.
O secretário municipal de desenvolvimento social Pablo Roberto afirmou que está acompanhando a situação da família e já foi colocada uma equipe do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) a disposição. Segundo ele, Márcia teria aceitado o aluguel social, mas depois desistiu. Ela queria uma casa através do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
“Foi feita uma grande mobilização também com o secretário de habitação. Ela disse que queria o benefício eventual e depois desistiu do benefício. Ontem eu estive com o pessoal da divisão, o responsável está acompanhando esse caso e eles apresentaram outra solução. Encontraram uma residência e o valor é superior a R$ 350. Nós estamos providenciando fazer uma análise junto com a procuradoria e verificar se há possibilidade de ser efetuado o pagamento no valor superior levando em consideração que existe um decreto que regulamenta o valor do aluguel social de R$350. Solicitamos que a equipe faça uma visita mais uma vez a esse imóvel que ela está dizendo que custa mais. Vamos levar essa situação para a procuradoria e avaliar essa possibilidade de concessão desse benefício levando em consideração o estado de saúde da criança”, disse.
Pablo relatou ainda que essa resolução é transitória enquanto Márcia não resolve a situação da reforma da casa. Não é uma solução definitiva para o problema da família e mesmo que seja concedido um valor maior para o aluguel social em virtude do estado de saúde de Rayam, depois do prazo de seis meses o benefício é suspenso.
Quem quiser ajudar Márcia e Rayam na reforma da casa pode entrar em contato através do telefone: (75) 983326251.