Ney Silva e Orisa Gomes
Em menos de 24 horas, o juiz Gustavo Rubens Hungria, titular da 2ª Vara da Fazenda Pública, suspendeu a abertura dos envelopes que revelariam os nomes das empresas que vão explorar o serviço de transporte público de Feira de Santana e voltou atrás na decisão. Com isso, o certame licitatório, que foi interrompido, teve andamento.
Foto: PJ
Protesto
Em decorrência da abertura dos envelopes para avaliação dos documentos das empresas, motoristas e cobradores da Princesinha e 18 de Setembro, atuais responsáveis pelo serviço de transporte público no município, fecharam, por volta do meio-dia, o Terminal Central. A categoria está insatisfeita com a posição do governo municipal e alega se sentir insegura quanto à garantia dos seus direitos trabalhistas.
O motorista Djalma Gomes confirmou o motivo da paralisação das atividades. “Na verdade, as empresas estão saindo e como nós vamos ficar? É bem simples: se a prefeitura nos der uma posição, a gente se acalma. Não tínhamos a intenção de parar, mas o prefeito nos obrigou a isso”, afirmou.
Transtorno
A estudante de enfermagem Viviane Pires ficou surpresa com o fechamento do terminal central. Ela disse que seguia para o curso em uma escola na Avenida Senhor dos Passos e informou que já sabia da paralisação, mas pensava que era uma revolta da comunidade contra o transporte, o que é comum, segundo ela, e ao chegar ao terminal ficou sabendo que o protesto era dos motoristas e cobradores.
Viviane também estava preocupada pelo abafamento do local, devido à grande quantidade de ônibus e pessoas. “O pessoal daqui a pouco começa a passar mal”, ponderou.
Foto: Ney Silva
O usuário do transporte Marcos Oliveira estava deixando o Terminal Central revoltado: “Tem que tirar essas empresas e colocar novas, para resolver o problema da população. Essas empresas não têm condições nenhuma de rodar em Feira de Santana, e o prefeito precisa tomar providências”, disse e defendeu que as empresas precisam ser multadas pela má prestação de serviço.
(Foto: Laiane Cruz/ Acorda Cidade | Ônibus parados na Avenida Getúlio Vargas e a Rua Barão do Cotegipe congestionaram o trânsito)
(Foto: Laiane Cruz / Acorda Cidade | Motoristas e cobradores permaneceram em frente ao prédio do salão de licitações da prefeitura à espera de uma definição com relação aos seus direitos trabalhistas)