Foi aberta na manhã desta quinta-feira (14), a IV Feira Regional de Economia Popular Solidária Sabores e Saberes em Feira de Santana. O evento, que reúne a venda de produtos artesanais e alimentos tradicionais de diversos territórios, também traz música, apresentações culturais e serviços até o dia 16 de março. A produção realizada por 90% de mulheres, traz o cooperativismo, a cultura e a sustentabilidade feita no campo e na cidade.
A reportagem do Acorda Cidade foi conferir a feira que está localizada na Praça Bernadino Bahia, a famosa Praça do Lambe-Lambe, no centro da cidade. Nos dois primeiros dias, o evento será das 8h até às 17h e, no último dia, das 8h até às 13h.
“Nós teremos música, cultura, arte, produtos da agricultura familiar camponesa, artesanato, diversos produtos para sociedade comprar, colaborar e conhecer a economia popular solidária”, disse Gery Lima, sociólogo e coordenador da feira.
O evento é uma realização da Cáritas Nordeste 3 em parceria com o Movimento de Organização Comunitária (MOC). Além disso, tem o apoio das secretarias de Trabalho, Emprego e Renda e Esportes, de Justiça e Direitos Humanos; e também da Secretaria de Política para as Mulheres. Instituições internacionais também colaboraram.
Nesta edição a feira celebra as mulheres no mês de março, reunindo produtoras da Bahia e de Sergipe. Outras convidadas das redes de economia solidária dos estados do Maranhão e do Ceará também participam com seus estandes.
Diretamente de Sergipe, Gisele da Silva trouxe artesanato, bordados pintados, chaveiros, doces, entre outros produtos para vender e expor. Das regiões de Estância e Salgado, Edilene Batista Sobrinho também veio para Feira de Santana participar com artesanatos em bordados, ponto de cruz, fitas e o tradicional pão de macaxeira. Tudo produzido por elas.
“É a segunda vez que eu participo para ter mais conhecimento. Ano passado eu não vim, mas já participei de outras feiras. Inclusive, foi em Salvador”, disse Edilene. Para ela, as expectativas são as melhores.
A variedade de alimentos artesanais é gigante. Tem bolos, pães, doces, produtos perecíveis como arroz, farinha, além de cachaças, cocadas entre outras comidas regionais tradicionais.
Com mais de 50 empreendimentos agroecológicos ligados a Rede Balaio de Solidariedade, criado pelo Centro Público de Economia Solidária (Cesol) Sisal e Portal do Sertão, além da Cáritas e o MOC, o evento traz novas perspectivas sustentáveis de produção, como o arroz agroecológico, produzido por mulheres quilombolas da Baixa de São Francisco.
“Uma experiência exitosa, às margens do São Francisco têm sido importante para a Cáritas e também para essas famílias que têm migrado da produção convencional para a produção agroecológica”, contou o coordenador.
Ele reforçou que a feira está linda, com barracas padronizadas, organizadas para receber a população nos três dias de muito sabor, cultura, solidariedade e sustentabilidade.
O Ônibus Lilás, uma Unidade Móvel de Atendimento às Mulheres também já está instalado para oferecer os serviços de atendimento especializado com orientação jurídica, apoio psicológico e informações sobre recursos disponíveis para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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