Intervenção no Shopping Popular pela prefeitura completa uma semana

Na sexta-feira (13) completou uma semana que a Prefeitura de Feira de Santana passou a intervir na operação e administração do Shopping Popular Cidade das Compras, que estava sob supervisão da Concessionária Feira Popular. 

Na ação, diversas secretarias do município participaram da mudança, que foi anunciada através de decreto publicado no Diário Oficial na última sexta (6). Nesta mesma data, o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Wilson Falcão, afirmou que todas as contas do shopping estavam bloqueadas para melhor análise da situação. 

O novo interventor responsável pelo Cidade das Compras, Amon Pereira Gomes, falou ao Acorda Cidade que os trabalhadores, no momento, estão aliviados por contemporizar algumas situações. 

“A avaliação que nós fazemos é positiva, uma vez vez que convidamos as pessoas que aqui trabalham, parte da empresa, que são os servidores e que já está marcado para que terça-feira, eles voltem para esse convívio e que seja saudável, estaremos de braços abertos para acolhê-los e fazer o melhor pelo shopping e pela sociedade feirense”, explicou.

A cobrança da taxa de aluguel e condomínio, as baixas vendas e a falta de segurança no local, levaram os permissionários a paralisar por dois dias seguidos, o que também pressionou os órgãos municipais a tomarem uma posição diante os problemas que estavam acontecendo entre os trabalhadores e a concessão. Amom fala que nestes primeiros dias de intervenção, já tem mapeado os problemas para solucioná-los. 

“Além daquelas que deram origem ao decreto para que houvesse a intervenção, estamos vendo coisas pontuais, corriqueiras do shopping, lojas lacradas, chumbadas, energias cortadas e estamos averiguando para que volte a funcionar normalmente, não estamos tentando impedir ninguém de abrir seu comércio”, pontuou. 

Sobre o direito da concessionária lacrar lojas, apreender mercadorias arbitrariamente, o presidente disse que essas ações devem ser realizadas com embasamento jurídico, caso contrário é crime. 

“Todo esse comportamento deve ser de acordo judicial, tem que ser avaliado e aí sim, pode ser determinado esse comportamento, do contrário isso é criminoso. Estamos gerenciando esses detalhes, buscando solucionar para que possa funcionar bem para as pessoas que vêm para aqui”

Ele ainda convoca as pessoas para irem até o shopping realizar suas compras. 

“As pessoas que moram aqui, os turistas, as cidades circunvizinhas que venha para o shopping, porque estamos de braços abertos para receber, com segurança, com o melhor atendimento, ainda mais agora se aproximando do natal e agora que foi o dia das crianças, ainda estamos vivendo esse momento, então venham que aqui está muito saudável”, convocou.

Além disso, a internet também já está sendo regularizada e a guarda municipal permanece no local durante a intervenção que deve durar 180 dias. 

Segundo Amom, houve um certo receio pelas partes envolvidas na intervenção, mas que isso é normal para qualquer pessoa que seja investigada. Ele garante que a participação da prefeitura agora é para averiguar e resolver da melhor forma para o Shopping.