INSS promove mutirão de perícia médica para requerentes do Benefício de Prestação Continuada

O Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social, iniciaram no mês de março, no Nordeste, um grande mutirão para os requerentes do Benefício de Prestação Continuada (BPC) à pessoa com deficiência.

📲 NOTÍCIAS: siga o canal do Acorda Cidade no WhatsApp

Em Feira de Santana, o mutirão está acontecendo neste final de semana na agência localizada no conjunto Milton Gomes.

Os agendamentos poderão ser realizados pelo requerente por meio dos canais de atendimento – central telefônica 135 e o Meu INSS (app ou site).

Em entrevista ao Acorda Cidade, a assistente social e servidora do INSS, Jaciara Paiva, informou que a demanda de atendimentos é alta e, para este final de semana, foram disponibilizados 800 vagas.

“Para que o requerente tenha acesso ao benefício, ele precisa agendar uma perícia através do 135 ou pelo aplicativo Meu INSS. No atendimento, ele terá uma avaliação social, juntamente com a perícia médica. Nós estamos realizando estes mutirões, sempre aos finais de semana e isso está diminuindo a fila para concessão do benefício. A demanda é elevada e, a cada dia que passa, aumenta ainda mais. O mutirão acontece hoje e amanhã, nós disponibilizamos 700 vagas para perícia médica e 100 vagas para avaliação social”, afirmou.

Moradora da cidade de Santo Estêvão, Deliane de Farias estava aguardando atendimento junto com o filho que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo ela, essa é a segunda tentativa que faz para obter o benefício para a criança.

“Hoje eu cheguei aqui no INSS era por volta de 7h50, vim acompanhar meu filho que é autista para fazer uma perícia, ele tem 5 anos e 11 meses com grau 2. Hoje meu filho tem seletividade alimentar, ele nunca se alimentou conforme as outras crianças da idade dele. Ele tem seletividade sensorial, ele não consegue ter uma vida normal como as outras crianças, ele não vai na escola frequentemente, porque ele não vai de ônibus, ele não fica em local fechado. Inclusive, por isso que eu estou aqui fora com ele. E eu não tenho recurso para isso, porque ele precisa de terapias, ele precisa de alimentação, porque ele só come coisa seca. E eu, desempregada, sem bolsa família, eu não tenho condições e, a pensão dele é de R$ 250 por mês que o pai paga. A primeira vez eles aprovaram o laudo do meu filho. Aprovaram a situação. Mas não aprovou a minha renda, porque eu estava recebendo seguro-desemprego”, lamentou.