Ney Silva e Rachel Pinto
“O comércio de Feira de Santana precisa abrir mesmo que seja em horário reduzido”. Quem defende o funcionamento é o presidente do Centro das Indústrias de Feira de Santana (Cifs), Fabio Soares. Ele participou da reunião entre o prefeito Colbert Martins Filho e os representantes de segmentos produtivos de Feira de Santana, na tarde de sexta-feira (27).
Fábio Soares e os demais empresários concordam com essa ideia de que o comércio deve abrir. Segundo ele, o comércio fechado em virtude da pandemia do coronavírus, traz impactos negativos para as indústrias. Ele afirmou também que o setor industrial está em dificuldades, mas por enquanto não se fala em demissões.
“A indústria está operando normalmente, mas é claro que ela reflete o que está acontecendo no comércio. Muita coisa a indústria não está entregando em função do comércio que está fechado e então todos nos sentimos o impacto. Mas, a indústria está trabalhando normalmente e aguardamos que em breve passe a situação que se encontra no momento”, disse.
De acordo com Fábio, é preciso ouvir as autoridades sanitárias e pensar também no lado econômico. Ele declarou que o objetivo do encontro com o prefeito e as entidades comerciais foi apresentar sugestões para que ele tome uma decisão em relação a abertura ou não do comércio.
O presidente do Cifs informou que o setor industrial está trabalhando tomando todos os cuidados de higienização e na opinião dele, o comércio precisa ser aberto de forma gradual.
“Uma abertura que não seja um tiro no pé, não haja um retrocesso no que nós conseguimos até o momento. Porque Feira de Santana os índices de contaminação estão baixos, graças ao choque que a população tomou e em função do decreto que foi feito e está colaborando de forma efetiva. Esse é o ponto importante, que nós temos que sublinhar. O que está sendo proposto é que haja uma abertura com um tempo reduzido de funcionamento. Foram colocadas várias opções para que o poder público analise. Não adianta a gente restringir demais, criar muitas regras que depois poderão ser quebradas. Tem que ser uma regra mais ou menos geral para todos”, pontuou.
Fábio comentou que embora as indústrias não falem de demissão, muitas estão optando por dar férias coletivas aos colaboradores pra conter os impactos econômicos e também diminuir a circulação de pessoas nesse momento de ascensão da contaminação do coronavírus.