Segurança e Prevenção

Incêndio em Feira de Santana expõe falhas na manutenção de hidrantes; 11 não estão em funcionamento

A Defesa Civil do município confirmou que 11 dos 42 hidrantes cadastrados não estão em funcionamento na cidade.

Hidrante
Foto: Joaquim Neto

Na última sexta-feira, 11 de outubro, um incêndio de grandes proporções destruiu duas lojas na Rua Manuel Mathias, no Centro de Abastecimento de Feira de Santana. O incidente reacendeu a discussão sobre a manutenção e disponibilidade de hidrantes na cidade, principalmente em áreas de maior risco, como o centro comercial, que abriga diversas lojas com materiais inflamáveis. A Defesa Civil do município confirmou que 11 dos 42 hidrantes cadastrados não estão em funcionamento.

Incêndio em lojas de embalagens
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Carol Rebouças, representante da Defesa Civil de Feira de Santana, explicou a situação em entrevista ao Portal Acorda Cidade.

“Pelos mapas que já fizemos, temos cadastrados 42 hidrantes, sendo 41 públicos e 1 privado. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, que utiliza esse equipamento mais do que a Defesa Civil, porque são eles que fazem o combate ao incêndio, foi destacado que 11 não estão em funcionamento. Agora, precisamos entender por que não estão funcionando. O pessoal do Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e a Embasa têm que fazer uma reunião para realizar esse levantamento e verificar a possibilidade de aumentar a quantidade de hidrantes dentro do município”, disse.

Segundo Carol, a questão da manutenção dos hidrantes ainda é um ponto incerto, sobretudo em relação de quem é a responsabilidade.

Carol Rebouças
Carol Rebouças | Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Em relação à manutenção, sendo muito sincera, ainda não sei realmente a quem pertence. A prefeitura provavelmente identifica os pontos, a Embasa faz a instalação, mas a manutenção precisa ser verificada. Eu ainda estou verificando a quem pertence esse ato de manter esses hidrantes em funcionamento”, afirmou.

A localização dos hidrantes em áreas cruciais de grande movimentação, como o Centro de Abastecimento, foi outro ponto abordado pela representante. Questionada se havia algum equipamento próximo ao local do incêndio do último dia 11, Carol confirmou que havia um nas proximidades.

“Temos um hidrante próximo à Praça da Igreja dos Remédios, que foi detectado durante a reforma do Centro. E há outros no centro, principalmente depois do incêndio que ocorreu na Sales Barbosa. Tínhamos um próximo também, que era um privado, da loja Dois de Julho, que poderia ser utilizado caso precisasse”, informou.

O incêndio no Centro de Abastecimento chamou atenção para a necessidade de medidas preventivas e manutenção dos sistemas de combate a incêndio em Feira de Santana, seja pelo poder público ou dos proprietários de lojas.

“Se faz necessário que os próprios proprietários se mantenham dentro da legalidade, que tenham planos de combate a incêndio e estabeleçam medidas de prevenção, até porque o imóvel é construído e passa por todas as etapas de licenciamento para começar a funcionar. Então, também cabe ao cidadão e ao dono do próprio estabelecimento a questão da prevenção e do projeto de pânico e incêndio.”

Carol ainda reforçou a importância dos hidrantes em situações de emergência. “A importância dos hidrantes é garantir o abastecimento, caso seja necessário, e, em momentos de ocorrência de incêndio, possibilitar uma atuação mais rápida”, alertou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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