Logo nas primeiras horas da manhã deste domingo (12), pessoas se concentraram em frente ao Shopping Millenium, na Avenida Fraga Maia, para dar largada a I Caminhada do Amor, promovida pela Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana. Visando conscientizar a população sobre a prevenção e o combate aos cânceres de mama e de próstata, o evento também arrecadou alimentos para a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (AAPC) que já chega aos 21 anos de prestação e cuidados a quem mais precisa.
Conforme a diretora de saúde da Santa Casa, Mariana Souza, atualmente o Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA) atende nas áreas de cardiologia, ortopedia, fisioterapia, entre outras, em parceria com o estado e sendo uma referência em oncologia.
“Temos o credenciamento com o Estado de 15 leitos de UTI, 30 leitos de retaguarda. Então a gente vem trazendo para comunidade de Feira de Santana uma saúde de qualidade. O HDPA é referência em oncologia. A gente tem a Unacom, que é o centro hoje de oncologia, que faz quimioterapia, radioterapia e a Santa Casa de Misericórdia, que tem o HDPA, com toda a parte de cirurgia e oncologia”, pontuou.
Segundo Mariana, a Caminhada foi pensada há quatro meses, com o intuito de atingir as campanhas outubro rosa e novembro azul para conscientizar as pessoas sobre a prevenção dos cânceres.
“É uma caminhada do amor, é uma caminhada pela vida, para trazer mesmo essa conscientização da importância do cuidado, da prevenção. O nosso trabalho é contínuo, como a Santa Casa é referência em oncologia, com a Unacom e o HDPA, então nosso trabalho é diário. Todos os dias a gente trabalha na conscientização, trazendo essa população para poder estar trabalhando, se cuidando com a prevenção e conscientização”, afirmou.
A diretora de Relações Públicas da AAPC, Betânia Knoedt falou ao Acorda Cidade que a instituição conta com quase três mil pacientes e que essa contribuição é muito importante para a manutenção dos serviços oferecidos.
“Hoje nós levamos todos os alimentos, quando terminar eu vou ligar para o carro da AAPC e colocar os alimentos no carro e levar para a nossa instituição e foi de bom proveito porque todos os pacientes vão ser agraciados na alimentação. Na AAPC os pacientes são assistidos de todas as formas, nós temos um grupo de nutricionista, psicólogo, assistente social, temos já a internação que as pessoas ficam lá, moram com a gente o tempo que estão fazendo todos os tratamentos e nós damos bolsa de colostomia, prótese mamária de silicone, atendemos dando apoio e amor”, colocou.
A instituição atua com uma série de profissionais que lutam na promoção da saúde, dos direitos dos pacientes com câncer e prestando assistência de modo geral. Em entrevista, Betânia explicou a realidade que a AAPC vive hoje.
“A primeira coisa que a gente precisa é uma residência nova, onde a gente possa alojar todo mundo que às vezes fica apertado, precisamos jogar colchão no chão e aí a gente realmente precisa agora de nossa sede própria. Estamos dependendo de muitas coisas, inclusive dos órgãos públicos, também porque nós já temos até quem vai construir, mas nós precisamos de um terreno perto da Unacom bom, porque hoje a casa que abriga os pacientes é alugada”, avaliou.
Uma das organizadoras do evento, a psicóloga Rafaela Souza dos Santos, contou que dentro do hospital existe um grupo de humanização que trabalha com todos os setores e umas das atividades é justamente alertar as pessoas para essas campanhas de prevenção. A l Caminhada do Amor é uma ampliação desse projeto para atingir o máximo de pessoas e se solidarizar com um dos seus maiores parceiros que é a AAPC.
“Na maioria dos anos a gente desenvolvia a feira de saúde, que era feita ali no próprio estacionamento do hospital. E nós já estávamos há um tempo, pensando em como nós poderíamos sair dos portões do hospital e alcançarmos um número maior de pessoas. A partir disso pensamos que a Caminhada poderia ser esse meio, esse veículo para a gente trazer mais informações. E, além de tudo, a gente pensou muito sobre a responsabilidade social que o hospital tem frente ao município. Nós temos, realmente, um parceiro muito grande que é a AAPC e como a gente conseguiria, também, a partir dessa campanha alcançá-la”, relatou.
Para a psicóloga, o evento é um primeiro passo de amor. Para os próximos anos, elas contam ainda mais com o apoio, tanto da população, quanto dos parceiros que já se solidarizaram este ano.
“Nossa ideia é que concentre mais pessoas, porque pensando em um volume maior de pessoas, a gente pensa também em um volume maior de arrecadação, a gente também pensa que disseminando informações, verdadeiras, fidedignas, acerca dos cuidados com a saúde, a gente vai ter também uma maior detecção, uma maior prevenção. Então eu penso que o impacto, de fato, dessa campanha, em todos os âmbitos que a gente olhar, é sempre muito positiva”, disse ao Acorda Cidade.
Segundo Mariana, nas redes sociais da Santa Casa, os organizadores estão concentrando bastante informações a respeito das campanhas, com a finalidade promover mudanças de hábitos e a conscientização.
“Não é uma caminhada à toa, a nossa intenção é mobilizar, e incentivar as pessoas a adotarem bons hábitos de vida, para a partir disso, também terem uma melhor qualidade de vida e também se prevenirem, não só contra o câncer de próstata ou mama, mas também, de uma forma geral, contra tantas outras doenças, e a gente sabe que não tem outro caminho, o caminho de fato é o cuidado com a saúde, é a manutenção mesmo, no sentido de fazer exames regulares, de ter uma alimentação saudável, ter uma qualidade de sono, e incluir de fato atividade física na sua rotina mesmo, pessoal e diária”, reforçou.
Um público de 500 pessoas foi esperado nesta edição, que pretendeu convidar todo o público feirense, seja da área de saúde ou não, para marchar pela vida. A psicóloga também falou sobre a escolha do nome.
“No momento de dar nome a essa caminhada, a gente não consegue fazer nada sem amor. A gente precisa ter amor ao outro, ao próximo. A gente tem que ter amor-próprio. A gente tem que ter amor ao nosso fazer. Seja você psicólogo como eu, outro profissional de saúde, médico, seja lá o que você for, onde você for, eu acho que nada nessa vida caminha sem o amor”, disse.
Ela ainda reforçou a importância de ter a contribuição de diferentes áreas de conhecimento para um cuidado integral e humanizado aos pacientes.
“A gente precisa do olhar da fisioterapia, do olhar da enfermagem, cada uma dentro do seu saber vai integralizando todas as ideias, todos os projetos que nós fazemos, inclusive dentro do ambiente hospitalar, intra hospitalar, todas as ações que desenvolvemos ao longo do ano, tem um pouquinho do fazer de cada profissão. A psicologia tem o seu olhar delicado ali, mas todas as outras profissões, inclusive a direção, que sempre abraça as nossas ideias. Sem o grupo, de forma unitária, não sairia a caminhada do amor, também não sairiam as outras atividades que desenvolvemos ao longo deste ano”, finalizou.
O evento contou ainda com a animação do minitrio comandado pelo professor de dança Luciano Mello e o educador físico Rafael Brito, unindo a promoção de saúde, o apoio a quem enfrenta o câncer, e a integração da comunidade. Além disso, a Banda Nagô completa a programação com um show especial no fim do percurso.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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