Acorda Cidade
Pesquisas apontam que o povoamento do atual município de Feira de Santana não se dá na área de influência da Fazenda Santana dos Olhos D'água, imóvel denominado Casarão dos Olhos D'água, mas 100 anos antes, na localidade de São José das Itapororocas, hoje distrito Maria Quitéria.
Essa contextualização da história da cidade, que na quarta-feira, 18 de setembro, completou 186 anos de emancipação, foi apresentada pelo professor Carlos Alberto Alves, em sessão solene comemorativa promovida pela Câmara de Vereadores, como anualmente acontece na casa legislativa.
O evento conduzido pelo presidente da Câmara, José Carneiro, contou com a presença do prefeito municipal, Colbert Martins Filho, dos deputados Tom e José de Arimateia, secretários municipais e personalidades como o arcebispo metropolitano dom Zanone Demetino Castro.
Um dos convidados para palestrar sobre a história de Feira, o professor Carlos Alberto Alves disse que, no Brasil Colônia, a região de Feira era dividida em três grandes sesmarias: Jacuípe, São José das Itapororocas e Água Fria. Essas regiões formam, naquele período, a futura vila de Feira de Santana.
Anterior ao casal Domingos e Ana, observa o professor, João Peixoto Viegas, cristão novo, chefia aqui, no século 17, o processo de colonizacao da região.
LIVRO
Jorge Magalhães/Secom
Ele também anunciou o êxito do livro "Feira, uma cidade princesa", feito a várias mãos e lançado em 18 de setembro de 2017. Uma publicação, segundo ele, pensada para as crianças de 8 a 10 anos de idade. Mais de 30 escolas do município adotaram a publicação. É o mais vendido livro da história de Feira, 100 mil exemplares, chegando agora à quinta edição.
Segundo historiador a palestrar na sessão solene da Câmara, o professor Juliano Mota Campos (foto) reforçou a tese do seu colega, minimizando a participação da Fazenda Santana dos Olhos D'água como ponto de origem de Feira de Santana.
Do mesmo modo, põe em xeque a versão de que a compra e venda de gado teria sido a mola propulsora da atividade econômica local. "O negócio com gado interligaria Feira a áreas distantes, por volta de 1850, mas também o comércio variável foi muito forte para a nossa economia".
Ele também discorreu sobre personagens da história feirense, citando Maria Quitéria e Lucas da Feira, que teriam convivido numa mesma época e em áreas próximas.
Prefeito propõe que Feira seja o destino dos restos mortais de Maria Quitéria
Jorge Magalhães/Secom
O prefeito Colbert Martins Filho propôs, em seu discurso na sessão solene da Câmara Municipal pelo aniversário de emancipação política de Feira, trazer para esta cidade os restos mortais da heroína Maria Quitéria, sepultados em Salvador.
"Devemos, Prefeitura, Câmara Municipal e as diversas representações locais, lutar por este objetivo", afirmou. Para o prefeito, tendo nascido aqui, "é justo que possamos ter este direito".
Com informações da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)