Há quatro dias sem transporte escolar, moradoras do Campo do Gado cobram solução

Moradoras procuraram o Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (5) para pedir mais transporte público escolar para as crianças da região. De acordo com elas, o serviço não está chegando no último residencial, o Habitat do Sertão, localizado no bairro Campo do Gado, em Feira de Santana, desde a última segunda-feira (2).

“As crianças estão sem poder ir para escola e a Secretaria de Educação e a escola já disseram que não tem previsão de quando vai ter o retorno dos ônibus.  Eu não sei o nome da pessoa que passou a informação, mas a gente mandou uma mensagem e eles disseram que não tem previsão. Que não tem carro”, disse Carla Santos de Jesus.

Os estudantes da localidade precisam se deslocar para a Escola Municipal Professora Eli Queiroz de Oliveira, que fica no bairro Gabriela.

A moradora Eliane Vieira tem duas crianças que estão sem assistir às aulas por conta do problema. Inclusive, ela relatou que isso é corriqueiro. Por muitas vezes já presenciou o carro quebrar e deixar os estudantes desassistidos.

“Já há uns meses que o ônibus vem quebrando, consertando, ele não está bom para colocar muitas crianças. Tem dias que os meninos chegam aqui 19h. Ficamos preocupados com nossos filhos. Tem que colocar um transporte que preste, porque esse sempre quebra, não é de agora e a gente está querendo os filhos no colégio e não em casa”, disse Eliane que mora há dois anos no residencial.

Na oportunidade, outra mãe de estudante, Shirley Andrade de Jesus, pediu mais ônibus para atender estudantes que vão para outras unidades escolares, mas não possuem o transporte fixo e precisam dividir com os alunos que vão para o Eli Queiroz.

Ana Cristina da Conceição mora há dois meses no local e os filhos dela estudam na escola municipal Eli Queiroz há dois anos. Ela se preocupa com a quantidade de falta das crianças nas aulas, ainda mais sem uma perspectiva de retorno por parte das autoridades.

“É uma vergonha a criança não ir à escola porque falta ônibus, se quebrou coloca outro. O micro-ônibus. O motorista é gente boa, mas ele tem que enfrentar o dia a dia do ônibus quebrado. Queremos providência, alguém para nos dar uma decisão. Meus filhos estão em casa, traquinando”, contou.

Outras reclamações

Durante a reportagem do Acorda Cidade, as mães aproveitaram para reivindicar melhorias para a localidade. Segundo elas, não há Posto de Saúde próximo à localidade, o que deixa muitas famílias vulneráveis, entre outros transtornos.