Rachel Pinto
Revoltados com a falta de água em suas residências deste o último domingo (5), moradores do residencial Verde Água, que fica localizado no bairro Santo Antônio dos Prazeres, em Feira de Santana, realizaram uma manifestação nesta quinta-feira (9), interditaram a via com pneus queimados e se queixaram das dificuldades enfrentadas nos últimos dias.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Segundo eles, a situação de desabastecimento de água é muito comum na região e já chegaram a ficar um mês sem água, em novembro do ano passado. A falta de água desde domingo, está impedindo as pessoas de cozinhar, lavar roupa e até fazer a higiene pessoal. Muitos estão recorrendo a compra de água mineral para que pelo menos possam fazer algumas atividades básicas.
A dona de casa Maria de Lourdes informou que alguns moradores estavam pedindo água a vizinhos que têm chácaras na região, no entanto, em virtude da grande demanda, até os vizinhos já não estão mais permitindo que eles peguem água em suas propriedades. Ela relatou que tem um filho especial e que está comprando água mineral para poder atender às suas necessidades.
“Eu estou aqui com o protocolo da Embasa em mãos. Liguei pra reclamar e me disseram que vinham até 48h resolver esse problema. Até agora nada foi feito e estamos sem água desde domingo. Aqui moram muitas famílias e há muitos idosos e crianças”, afirmou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Gilmara Cerqueira Santos, que também mora no residencial Verde Água, relatou que tem um pai idoso com 85 anos e precisou levá-lo para a casa de uma irmã no Conjunto Feira X, porque estava impossível dar assistência adequada ao idoso sem água.
“Não tem uma gota de água na torneira e quando cai é uma vez ou outra nas madrugadas. Cai um pouco e fica o resto da semana sem água. É muito difícil viver assim”, comentou.
Os moradores ressaltaram ainda que consideram a postura da Embasa uma falta de respeito e um verdadeiro descaso.
Em resposta à reclamação dos moradores do Residencial Verde Água, a Embasa informou ao Acorda Cidade que está com equipes em campo buscando identificar as causas do desabastecimento do local e realizar as intervenções para regularização do fornecimento.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.