Doze dias após o crime bárbaro que chocou todo o Brasil, contra a líder quilombola Bernadete Pacífico, de 72 anos, dentro da própria residência em Simões Filho, um grupo de movimentos quilombolas se reuniu na Câmara Municipal de Feira de Santana, na manhã desta terça-feira (29) para pedir justiça.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a integrante do Núcleo de Estudo Afro-Brasileiro e Indígena da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Railda Neves, destacou a importância da força do povo negro na busca pelos direitos e pela justiça.
“Nós viemos aqui somar forças, estamos aqui nesta marcha em memória da Mãe Bernadete, juntamente com o povo negro, ela que era uma mulher de liderança quilombola. Estamos aqui para dizer que nós continuamos firmes e que cada um em seu lugar, vai continuar marcando a resistência contra toda forma de opressão. Estamos aqui hoje este espaço de poder, precisamos ter representações, a sensibilidade por todos”, afirmou.
Morador da comunidade quilombola do distrito de Maria Quitéria, José Cassiano Pereira da Silva, contou à reportagem do Acorda Cidade que é necessário ter justiça, além do apoio dos vereadores.
“A nossa irmã que foi assassinada, estamos aqui todos reunidos para pedir justiça na Câmara de Vereadores, isso que está acontecendo é um verdadeiro massacre contra os negros, contra os pobres. Estamos aqui hoje, mas não apenas para ter resultado em Feira de Santana, queremos que isso se espalhe por todo o Brasil”, afirmou.
A manifestação também foi como um pedido de justiça para a morte de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, filho de Bernadete Pacífico, morto no dia 19 de setembro de 2017.
Após a manifestação, o grupo realizou uma marcha em direção do Fórum Desembargador Filinto Bastos.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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Engraçado, quando váriooos moradores de ruas estão sendo violentamente mortos em sua grande maioria negros em condições de extrema pobreza, ñ vejo nenhum líder ir manifestar o seu repúdio, sabe pq? É uma causa que ninguém se importa que ñ dá dinheiro lutar por eles
A ignorância de alguns é tão alarmante que acham que pedir justiça por um crime contra uma comunidade quilombola não pode ter a participação de pessoas brancas kkkkkkkkk quanta falta faz boas leituras e uma visão de mundo ampla.
Alguns rastaqueras não conseguem compreender nada.
tem quilombola branco kkkk so tem braco no protesto
DEVERIAM IR ATÉ A DELEGACIA ONDE O CRIME É INVESTIGADO E COBRAR DO DELEGADO OU DELEGADA A CELERIDADE NO CASO. QUERO VER CORAGEM.
Rebanho de não tem o que fazer, os vereadores entram em que nas mortes?
A função de investigação é da polícia judicial
verdade kkkk essa corza do curso historia da uefs, que aparecer, na foto quase tudo branco