Ney Silva e Andrea Trindade
Um grupo formado por estudantes, professores e profissionais liberais, participou na manhã deste domingo (5), de um "abraço simbólico" contra o anúncio do Governo Municipal de que ao longo da Avenida Getúlio Vargas serão derrubadas 170 árvores para a implantação do BRT.
A manifestação foi organizada pelo Movimento Atitude Popular pela Vida, que tem como coordenador, Clóvis Pedreira. Segundo ele, o movimento nasceu da vontade de pessoas da cidade que têm em comum o objetivo de mostrar a inviabilidade do sistema que derrubará quase duas centenas de árvores.
Ele defende um projeto já sugerido à prefeitura de um BRT no Anel de Contorno ligando bairro a bairro e não no centro da cidade. “As pessoas não conhecem a fundo esse projeto que a prefeitura quer implantar. Dizem que para cada árvore derrubada cinco serão plantadas, mas onde? Cada árvore desta pulveriza a atmosfera com mil litros de água diariamente. São 170 mil litros de água no total”, informou observando também que uma árvore leva mais de 10 anos para se tornar adulta.
De acordo com o coordenador, haverá outras manifestações. Ele informou ainda que o movimento vai ingressar com uma ação no Ministério Público para que as árvores da Getúlio Vargas sejam consideradas patrimônio da cidade. “Essa avenida é o mais belo cartão postal da nossa cidade, jamais vamos admitir que essas árvores sejam exterminadas”, disse.
Durante o ato foram distribuídas cópias de uma nota impressa pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente, Roberto Tourinho, e pelo Diretor de Parques e Jardins Deodato Peixinho, na qual informa que as árvores serão replantadas em outros locais. A nota diz ainda que não haverá prejuízos para a natureza.
Grupo realizou a concentração na Praça de Alimentação da Avenida Getúlio Vargas (Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade)