Feira de Santana

Grupo Nobre quer transformar Hospital Mater Dei em Hospital Geral para Feira de Santana

No prédio da Mater Dei funcionou o Hospital de Campanha, durante o período de enfrentamento a pandemia de covid-19, nos anos de 2020 e 2021.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O empresário Jodilton Souza, do Grupo Nobre, que mantém empreendimentos nas áreas de Saúde, Educação, Esportes, Lazer e Agropecuária, anunciou mais uma novidade para Feira de Santana. Trata-se da compra do Hospital Mater Dei, que já foi uma maternidade e teve o prédio utilizado como hospital de campanha no combate a pandemia de covid-19, através da prefeitura, no período de 4 de junho de 2020 a 30 de setembro de 2021.

Em entrevista ao repórter Paulo José, do Acorda Cidade e do programa Jornal das Duas, o empresário informou que no local será construído um hospital geral e que será usado como uma verticalização da União Médica, plano de saúde, que tem o Grupo Nobre como o maior acionista.

“Como estamos na direção da União Médica, e nós somos hoje o maior acionista, a União Médica comprou a Mater Dei, e hoje (26/07) pela manhã, chegamos a conclusão que lá também vai dá para fazer um hospital geral. O espaço é muito bom e já funcionava um hospital. Tem corredores adequados, centros cirúrgicos, UTIs e uma área de cerca de 7 mil metros. Nós iremos fazer um hospital, possivelmente com o nome da Mater Dei, e que seja usado como uma verticalização da União Médica”, contou.

HTO também será hospital geral

Foto: Divulgação

Sobre o HTO, que foi adquirido pelo grupo recentemente, Jodilton Souza informou que o prédio está passando por uma reforma que o transformará em hospital geral.

Ele explica que o Instituto Nobre de Cardiologia (Incardio) será transferido para o HTO, onde também serão implantadas outras especialidades, como a pediatria que já foi instalada. Vale ressaltar que o Incardio funcionava na área da Santa Casa de Misericórdia há dez anos, mas o contrato foi encerrado neste ano (relembre aqui).

“Tenho um contrato do Incardio com a Santa Casa, que vence agora, estamos lá há dez anos, e a Santa Casa, através do novo provedor, resolveu fazer uma série de mudanças lá, e usar a UTI para todas as especialidades. Ele conversou conosco que queria transformar o hospital em algumas especialidades como ortopedia, neurologia, oncologia, e como a gente está com o contrato vencendo, ficaríamos lá até 31 de dezembro, tivemos que buscar outras alternativas. Por isso resolvemos comprar o HTO, e compramos o HTO, e estamos reformando o HTO. Estamos transformando-o em um hospital geral, onde já abrimos a pediatria, vamos abrir o pronto atendimento 24 horas e vamos colocar dentro do HTO o Incardio, ou seja, a parte de cardiologia. Estamos adquirindo a máquina de hemodinâmica, adquirimos agora uma máquina de ressonância e de tomografia, e estamos montando uma estrutura para que lá funcione”, explicou.

E o Amayo?

Foto: Reprodução

Quanto ao prédio Amayo, Jodilton informou que será preciso realizar uma série de adequações, para que seja possível transformá-lo em um hospital. Com isso, existe a possibilidade de o projeto ser concretizado ou não.

“Ainda estamos em processo de ver o que vai acontecer porque estamos tendo uma dificuldade muito grande, porque lá foi construído pra ser um apart-hotel, e pra ser transformado em um hospital precisa de uma demanda muito grande. Primeiro, tem que ampliar os corredores, porque os corredores de lá têm 1,70m e para um hospital o mínimo é de 2,20m de largura. Isso pra mim está sendo um grande empecilho. Mas estamos ainda com a família de Oyama (um dos proprietários) vendo a possibilidade de acontecer ou não”, explicou.

Curso de medicina

A ampliação de serviços de saúde e construção de hospitais, além de atender a comunidade feirense, segundo Jodilton, faz parte de um grande sonho seu, de implantar o curso de medicina do Grupo Nobre.

“Com dois hospitais engatilhados, reformando, arrumando, a gente ainda tem, esse terceiro na bica, e pode ter certeza, o Grupo Nobre vai ter algumas redes de hospitais justamente para atender a minha comunidade acadêmica, porque a gente sonha ainda em ter um curso de medicina, e também para atender a nossa cidade de Feira de Santana, porque os dois maiores hospitais particulares que temos, agora pertencem a grandes grupos que são o Emec e Santa Emília, e a gente não sabe o que vai acontecer na estratégia destes dois grandes grupos no futuro”, disse.

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Jodilton Souza foi um dos convidados do Podcast do Acorda Cidade, o Cá entre Nós. Ouça a seguir e conheça um pouco de sua história: