
No início da tarde deste sábado (11), um grupo de protetores dos animais de Feira de Santana, se reuniu na Avenida Getúlio Vargas com faixas e cartazes, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o alto número da violência contra os animais.
Na última segunda-feira (6), um cachorro foi violentado com pauladas até a morte no conjunto Feira VII. O caso já está sendo investigado pela Polícia Civil e os autores serão indiciados.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a estudante de Biologia, Lariane Santos, tutora do animal que tinha como nome ‘Lui’, contou como tudo aconteceu.
“Quando aconteceu a situação, eu estava em Petrolina porque estou morando lá, inclusive procurando uma casa maior, pois eu tinha a pretensão de levar o Lui comigo, já que atualmente estou morando em um apartamento, e é pequeno. Por conta dessa minha ausência, eu deixei o Lui na casa da minha mãe, que cuidava muito bem dele, porém em um momento de descuido, quando chegaram visitas na casa dela, o Lui acabou saindo. Ele não tinha o costume de andar solto, de sair sozinho, mas correu para longe. Minha mãe ainda tentou fazer as buscas, mas como já estava ficando tarde e as ruas são deserta, ela voltou para casa, no intuito dele também voltar. Infelizmente ele não voltou, então eu comecei a compartilhar a foto dele nas páginas, e justamente em uma das páginas de associações, vi o vídeo. Na hora tentei identificar se realmente era ele, conversei com minha mãe, ela foi até o local e confirmou”, disse.
Lui já estava na família há cerca de dois anos, quando o pai de Lariane faleceu.
“Quando eu peguei o Lui para criar, eu ainda estava morando aqui na cidade porque estava cuidando do meu pai. Ele acabou adoecendo, teve uma doença degenerativa, infelizmente ele faleceu e foi quando eu decidi adotar um cachorro para fazer parte da minha companhia também. Eu era muito apegada a ele, ele era brincalhão, era vira-lata, mas não justifica nada. Espero que a Justiça seja feita, que isso não fique impune, que aqueles homens sejam punidos, pois isso demonstra que o animal não está valendo mais nada?”, questionou.
Gislan Henrique é protetor de animal e organizou o ato neste sábado. Segundo ele, o número de violência contra o animal está aumentando na cidade.
“Um número alarmante de assassinatos vem acontecendo contra os animais aqui em nossa cidade. Eles estão sendo dizimados com a maior frieza, e este foi um tapa na cara da sociedade, porque veja como uma pessoa mata um animal daquela forma gratuita, sendo que tinha um tutor. Será que isso vai virar rotina em Feira de Santana? A gente não pode deixar que isso aconteça, por isso que estamos cobrando e exigindo dos poderes públicos e das autoridades. A gente tenta prevenir, mas na realidade, só quem pode fazer algo são os poderes públicos, os órgãos responsáveis, porque da nossa parte, nós já fazemos. Observamos tantos animais em situação de vulnerabilidade, somos nós que resgatamos, somos nós que conscientizamos, somos nós que controlamos a superlotação, então está na hora dos poderes públicos se manifestarem”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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