Feira de Santana

Grupo acampa na Maria Quitéria contra retirada de árvores e BRT

O integrante do Movimento Unificado contra as obras do BRT, Taylan Santana, informou em entrevista ao Acorda Cidade que os manifestantes só sairão do canteiro de obras após a presença do Ministério Público.

Laiane Cruz

Um grupo de manifestantes ocupa desde o último sábado (5) um dos canteiros de obras do BRT, na Avenida Maria Quitéria, em Feira de Santana. Eles estão acampados em barracas e alguns têm dormido no local. Na manhã desta terça-feira (8), cerca de 18 pessoas amanheceram no canteiro. O objetivo é barrar as obras e impedir a retirada das árvores da avenida.

O integrante do Movimento Unificado contra as obras do BRT, Taylan Santana, informou em entrevista ao Acorda Cidade que os manifestantes só sairão do canteiro de obras após a presença do Ministério Público.

“No último sábado houve uma tentativa por parte da prefeitura municipal de retirada ilegal de árvores do canteiro da Avenida Maria Quitéria. Logo que tivemos conhecimento do fato, o Movimento Unificado contra as obras do BRT se organizou e conseguiu fazer o impedimento do corte ilegal desta árvore”, informou o integrante do movimento.

De acordo com Taylan Santana, o grupo negociou a ocupação com o secretário de Prevenção à Violência, Marcos Moraes, que garantiu que os manifestantes poderiam continuar acampados, e que nenhuma ação de repressão ou de violência seria feita para retirá-los de lá. Mas apesar do acordo, segundo ele, o clima está tenso no local.

“Já estamos no quarto dia de ocupação, e queríamos relatar que há um clima de tensão aqui e comunicar que essa deliberação da ocupação foi firmada junto com o poder público. Todos nós que ocupamos o espaço de forma pacífica, de forma politizada, somos trabalhadores e estudantes, que estamos lutando em defesa da cidade”, acrescentou.

O ambientalista Pedro Paulo Buriti, que também está acampado, disse que o objetivo do grupo é defender a cidade. “Estamos tentando defender a nossa terra, pois estamos vendo que a natureza está sendo atacada. Que Feira de Santana mantenha o seu clima, o seu estado de direito, que as pessoas possam respirar melhor nessa cidade tão quente”, disse.

A professora Marlede Oliveira afirma que não é contra o progresso dessa cidade, mas sim contra a retirada das árvores, que fazem parte da história de Feira de Santana. “Eu tenho 60 anos vendo essa beleza dessas árvores que ajudamos a plantar, acompanhamos seu crescimento, para ver a retirada delas de forma cruel. Por isso estou aqui como cidadã. Eu não sou contra o BRT, mas sim contra matar a árvores, contra a destruição”, declarou.


 

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários