A greve dos bancários chega ao 12º dia sem definição. As últimas tentativas de negociação, quinta e sexta-feira passadas, também fracassaram e a expectativa é que depois da reunião anunciada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para esta segunda-feira (5), aconteça mais uma rodada de negociação.
Nas reuniões recentes, os representantes dos bancos disseram que não tem condições de atender as reivindicações da categoria. “Na verdade, eles querem convencer os bancários de que eles não tem direito ao aumento pleiteado”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, Edmilson Cerqueira.
Questionado sobre a possibilidade da população se manifestar contra o movimento, Edmilson Cerqueira disse que não há esse temor, porque “o pequeno correntista também sofre com o tratamento dos bancos”. Quanto aos prejuízos provocados, o sindicalista afirma que o objetivo da greve é justamente pressionar para se chegar ao acordo.
“O banco não quer o cliente dentro da agência”, diz Edmilson Cerqueira, criticando a política de atendimento das instituições financeiras. “O grande cliente tem um gerente, enquanto a população é sacrificada”, afirma.
Sobre as contratações anunciadas pelo Banco do Brasil, o diretor do Sindicato dos Bancários considera um avanço, mas lembra que dos 2.200 bancários, 2.000 são para Rio de Janeiro e São Paulo e 200 para todo o Nordeste. Ele lembra ainda que somente a Caixa Econômica Federal tem uma carência de 20 mil servidores.
Madalena de Jesus