Nesta terça-feira (27), o governador Jerônimo Rodrigues retornou a Feira de Santana para assinar ordens de serviço em algumas áreas da cidade. Uma delas foi o antigo Cis, chamado atualmente de Cifs, Centro das Indústrias de Feira de Santana. O gestor aprovou a primeira etapa de restauração da pavimentação e implantação de uma macro e microdrenagem do Sistema Viário do antigo Cis, localizado no bairro Tomba. Licitações também foram aprovadas para ampliação da infraestrutura do Aeroporto Gov. João Durval.
📲 😎SEJA VIP: Siga nosso canal no WhatsApp e receba conteúdos exclusivos
Ao lado do governador e de sua comitiva, algumas autoridades dos setores estiveram presentes, como Antônio Geraldo Morais Pires, presidente do Centro das Indústrias. Ao Acorda Cidade, ele falou sobre as principais demandas atuais do Cis.
“A macrodrenagem, microdrenagem, o asfalto, iluminação a prefeitura recente fez uma boa parte, tem os problemas de segurança, então são esses problemas. Há um bom tempo o governador reuniu não só a gente, mas a associação comercial, CDL, o Instituto Pensar Feira também participou e foi feito uma lista de necessidades para Feira, dentre as quais a reforma dos centros industriais, porque nós não temos aqui apenas o Tomba, temos São Gonçalo, temos a BR-324, então foi feito um levantamento geral e isso foi passado para a SDE (Secretaria de Desenvolvimento Econômico) e o Seinfra (Secretaria de Infraestrutura do Estado), onde eles fizeram uma parte nesta pior rua que tinha aqui, a Pro-Bahia, deram uma boa melhorada”.
Conforme o presidente, o governador informou que a obra será realizada em três etapas. Um investimento de R$ 54 milhões, mas que a princípio, será liberado R$ 20 milhões para essa primeira etapa.
“Depois teremos a segunda etapa e depois teremos a terceira etapa, que já pega São Gonçalo e a BR-324. Ele vai assinar para dar início já. O pessoal da Maza, que foi a empresa que ganhou a concorrência, já fez o local onde vão manter a base. Já está com tudo pronto”, informou.
Segundo o presidente, somente a parte que representa o antigo Cis, são 340 indústrias na região. Mas em toda a cidade, são cerca de 1.500 indústrias. Para ele, algumas empresas encontram dificuldades para se instalar na região, mas isso vem sendo discutido e melhorado entre as organizações do setor como a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).
“Há um tempo foi instituída uma taxa e o governo suspendeu a venda de terrenos, então isso atrapalhou a vinda de indústrias para a Bahia. Eles estão tentando resolver a situação. Agora, a preferência é de ir para Alagoinhas, por exemplo, eu observo que tem muitas empresas de bebidas, falam que é por conta da água lá que é melhor. Mas cada cidade oferece algumas regalias e incentivos. Aqui em Feira a gente está fazendo esse levantamento do incentivo que a prefeitura pode dar”, destacou.
O presidente ainda relembrou algumas empresas que fecharam na região, como a cervejaria Kaiser, a Química Geral do Nordeste, entre outras. Atualmente, nenhuma empresa está chegando, mas ele confirma que algumas empresas estão ampliando, como a Vipal Borrachas e outras também pretendem ampliar.
Aeroporto de Feira
O governador também autorizou a licitação das obras para ampliação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Feira de Santana, Governador João Durval Carneiro. Jerônimo Rodrigues destacou que um município como Feira de Santana não pode viver sem aeroporto. Ele disse que se comprometeu com empresários para estimular o funcionamento pleno do aeroporto de Feira de Santana.
“Em toda Bahia quero mapear onde precisa de aeroporto. Feira de Santana merece aeroporto por vários motivos. Um deles é que pode ser um ponto de carga. Vamos analisar o que a gente pode fazer com as empresas aéreas para também ser um aeroporto de passageiros. Me comprometi com os empresários para conversar e dar os incentivos, seja de combustível para estimular que empresas áreas venham para Feira de Santana e possam utilizar o aeroporto da cidade como ponto de carga, descarga e também de passageiros”.
Notícias Relacionadas
Cidadão Feirense
Jorge do Licuri recebe honraria por sua contribuição à identidade cultural de Feira de Santana
Aos 67 anos, Jorge é paraibano, mas mora em Feira de Santana há 41 anos.
Feira de Santana
Nova escola municipal será inaugurada no bairro Tomba
Ato de entrega da escola Ester da Silva foi transferido para próxima terça (24).
Feira de Santana
Programação cultural marca comemorações pelo aniversário de Feira no Museu Parque do Saber
A programação cultural foi realizada no Museu Parque do Saber e contou com palestras, exposições e saraus literários.
191 anos da Princesa do Sertão
Feira e Seus Encantos: alunos de escola municipal realizam exposição em homenagem a Feira de Santana
A exposição, que aconteceu na segunda-feira (16), reuniu estudantes do fundamental II, do 6º ao 9º ano.
Quem também falou sobre o assunto, em entrevista ao Acorda Cidade, foi o superintendente de Infraestrutura do Estado da Bahia, Saulo Pontes. Um dos problemas apontados por ele é a falta de aeronaves em todo o mundo, com a baixa produção do setor no tempo da pandemia da covid-19, em que todo o sistema ficou parado.
“Estamos ampliando os aeroportos que estão entre os grandes centros, como o caso de Barreiras, Porto Seguro, que agora fizemos uma criação e aqui de Feira de Santana. Por que isso? Para poder dar oportunidade às empresas aéreas de colocar, no caso aqui Feira de Santana, nas escalas e conexões nacionais com o Boeing similar ao 737, 800 e pega os aviões similares a esse boeing que pega de 120 a 200 passageiros e com isso tentar viabilizar a curto prazo essa necessidade de você trazer voos para Bahia”.
O superintendente também pontuou detalhes técnicos da obra que vão reestruturar a pista. O índice de PCN, número que indica a resistência do pavimento para as operações de aeronaves, será ampliado de 30 para 36. A obra deve ser concluída em cinco meses.
“Vamos frezar a pista existente, colocar mais duas camadas de reforço e receber o asfalto para ampliar o PCN de 30 para 36, para dar o suporte para o boeing pousar”.
Segundo Saulo, geralmente, os voos não estão sendo interrompidos para a ampliação dos aeroportos. Antes da obra iniciar em Feira de Santana, uma reunião será realizada com as companhias para discutir a melhor forma de executar o serviço, sem interferir na rotina do aeroporto.
Com relação à chegada de empresas áreas após a reforma, Saulo ressaltou que este ainda é um problema de falta de empresas aéreas que tenham um avião adequado. Ele reforçou que as companhias ainda estão com escassez de aviões, após a parada na produção por conta da pandemia e estão com as mesmas aeronaves de antes. É preciso tempo para que o setor se recupere.
O superintendente ainda pontuou que o equipamento que faz a conexão entre o terminal de passageiros e a porta da aeronave, o TPS, foi reformado recentemente e não deve passar por novas alterações.
“O TPS de Feira atende, ele foi recuperado recentemente e ampliado, um investimento feito pela concessionária no valor de R$ 50 milhões. É um terminal que realmente atende a demanda. Lógico que no futuro com o aumento da demanda ou até porque Feira de Santana é propícia para um aeroporto de carga, então vamos vendo, mas de imediato não há essa necessidade”.
O superintendente confirmou que o Plano de voo já foi licitado para o aeroporto. Ele deve criar dispositivos para a aproximação de aeronaves na via, como o balizamento noturno.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram
