Superdotado

Garotinho de Feira de Santana entra para grupos com os maiores QI's do mundo

Com um ano e meio, Benjamin Lustosa já conseguia identificar e falar letras, palavras e números em inglês e português.

Benjamin Lustosa, criança de 2 anos com QI de 133
Benjamin Lustosa, criança de 2 anos com QI de 133 | Foto: Arquivo Pessoal

Um garotinho de Feira de Santana se tornou a criança brasileira mais jovem a ingressar na Legião Internacional de Inteligência (Intertel). A entidade reúne pessoas com um desenvolvimento intelectual superior a 99% da população mundial.

Benjamin Lustosa, de apenas dois anos, possui um Quociente de Inteligência (QI) de 133. Segundo os cientistas Richard Lynn e David Becker, no livro The Intelligence of Nations (A Inteligência das Nações), de 2019, o brasileiro tem em média 83 de QI.

Certificado Mensa
Certificado Mensa | Foto: reprodução

Benjamin também foi aceito no Mensa Internacional e no Mensa Brasil. As entidades reúnem pessoas com um desenvolvimento intelectual superior a 98% das populações mundial e brasileira, respectivamente.

Fruto de uma gestação de gêmeos, Benjamin nasceu cerca de dois minutos antes da irmã, Antonella. Os gêmeos, que vieram ao mundo depois de 38 semanas tranquilas, nasceram no dia 29 de novembro, em Feira de Santana.

Daiane Lustosa (mãe), Wendel Almeida (pai) e o pequeno Benjamin
Daiane Lustosa (mãe), Wendel Almeida (pai) e o pequeno Benjamin | Foto: Ed Santos / Acorda cidade

Habilidades naturais

A mãe, Daiane Samara Lustosa, contou em entrevista ao Acorda Cidade que acompanha de perto os marcos de desenvolvimento dos filhos. Ela revelou que ficou muito surpresa ao perceber que Benjamin sempre apresenta um desempenho acima do que se espera para a idade dele.

“Entre 4 e 5 meses, ele começou a falar palavras bilabiais, dadá, papá e mamã. Precoce, ele já queria comer sozinho e pegar só a mamadeira. O grande susto veio quando ele tinha um ano. Em uma viagem, passando pelo corredor do hotel, ele começou a falar os números. Aquilo realmente assustou a gente”, disse.

Benjamin Lustosa, criança de 2 anos com QI de 133
Benjamin Lustosa, criança de 2 anos com QI de 133 | Foto: Arquivo Pessoal

Comportamentos e descobertas

As surpresas não pararam por aí. Com um ano e meio, Benjamin já conseguia identificar e falar letras, palavras e números em inglês e português. Com dois anos, os pais de Benjamin foram convocados pela escola para uma reunião. A instituição informou que o garoto tinha um conhecimento acima da média.

Durante a conversa, os pais descobriram que Benjamin gostava de ir para as turmas com crianças mais velhas, possivelmente em busca de mais conhecimento. Outro comportamento inusitado é que o garoto gosta muito de ir à biblioteca. A escola recomendou uma avaliação com um profissional.

“Até então, eu achava que era corujice de mãe. Porque mãe tem esse negócio de sempre achar que o filho é mais. ‘Não, meu filho faz mais do que o filho da minha colega‘. Mas, depois que ele passou pela avaliação da neuropediatra, de fato, minha ficha caiu”.

Benjamin Lustosa, criança de 2 anos com QI de 133
Benjamin Lustosa, criança de 2 anos com QI de 133 | Foto: Arquivo Pessoal

Daiane revelou ao Acorda Cidade que, após o diagnóstico da superdotação, muitos comportamentos de Benjamin passaram a fazer mais sentido. O que era visto antes como “birra” comum de criança passou a ser compreendido como um traço da personalidade do garoto.

O interesse pelos livros, por exemplo, diferente do que os pais pensavam, que Benjamin estava interessado no objeto, agora é entendido como uma busca pelo conteúdo e pelo conhecimento que o livro representa.

Admissão

Benjamin faz parte de três importantes instituições que reúnem, em níveis nacional e internacional, pessoas que possuem um alto QI. O Mensa Internacional e o Mensa Brasil reúne 2% da população mais inteligente. A Intertel é responsável pelo 1% mais inteligente.

“Nós fizemos a avaliação neuropsicológica com a psicóloga doutora Marivânia Mota, que é credenciada no Mensa. Ela orientou a gente a fazer a inscrição na entidade, e ele foi aceito. Mergulhando no tema da superdotação, a gente vai descobrindo que existem outras escolas, e nisso eu descobri a Intertel. Fiz a inscrição e ele foi aceito”, disse a mãe.

site Mensa internacional
Foto: Reprodução / site Mensa internacional

Desafios

O diagnóstico de superdotação representa uma série de desafios. No caso de Benjamin, que possui uma irmã gêmea, os pais estão atentos para evitar comparações com a pequena Antonella. Daiane declarou que a superdotação está rodeada de mitos.

“As pessoas associam muito com as crianças do Luciano Huck [quadro Pequenos Gênios]. São crianças que nunca vão errar. Se erram, as pessoas acham que o diagnóstico foi errado. Cobram o tempo todo, parece que a criança é obrigada semanalmente a renovar o conhecimento, porque, se não renovar, não supre a necessidade dos adultos”, disse.

Colagem / post de redes sociais
Foto: Colagem / post de redes sociais

A mãe dos pequenos Benjamin e Antonella reforçou que busca retirar dos filhos qualquer sobrecarga de cobrança. Daiane revelou que deixa eles livres para brincarem e se divertirem. Ela reforçou a importância do suporte especializado em qualquer caso.

“Pais, investiguem. Geralmente, a mãe nunca erra. Seja a superdotação, que não é um transtorno, ou outros casos. Quando descobrimos qualquer condição precocemente, tudo fica mais fácil. Mais fácil de ser entendido e de dar suporte. Hoje em dia, acho muito importante que todos os pais, se tiverem condição, façam o possível de maneira precoce para que possamos dar o melhor suporte para os nossos filhos. É o que a gente quer”, finalizou Daiane.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão *****

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