Feira de Santana

Funcionários do Banco do Brasil podem paralisar as atividades nesta sexta (29)

Eles estão mobilizados contra uma ação de reestruturação do banco, que pretende fechar agências em todo o país.

Gabriel Gonçalves

 

A presidente do sindicato dos bancários de Feira de Santana, Sandra Freitas explicou que na última terça-feira (25), os funcionários do Banco do Brasil acessaram a plataforma de votação e aprovaram um indicativo de paralisação de 24 horas para a próxima sexta-feira (29), contra a reestruturação promovida pela agência.

De acordo com a presidente, essa reestruturação acontece também em todo o país e pretende fechar mais de 300 agências, demitindo mais de cinco mil funcionários. Feira de Santana será prejudicada com o fechamento da agência da Avenida Getúlio Vargas.

"Essa reestruturação pretende fechar mais de 300 agências e aqui em Feira de Santana, será fechada a agência da Avenida Getúlio Vargas. Com esses fechamentos, querem transformar mais de 200 agências em pontos de atendimento, encerrando com os caixas, reduzindo gratificação de caixa dos empregados, além de demitir cinco mil bancários no país inteiro", explicou.

Em Feira de Santana, existem 23 funcionários de forma excedente. Segundo Sandra Freitas, esses bancários precisam buscar outras agências para que possam ser transferidos.

"Somente em Feira de Santana são 23 funcionários que o banco chama de excedente. Eles estão em excesso e precisam buscar outras agências para serem transferidos, porque se não fizer a opção, o banco transfere do jeito que quiser. Pais de famílias, terão que sair daqui e se deslocar, Deus sabe para onde como forma de não ser demitido", destacou.

Para a presidente, a população deve apoiar a causa dos trabalhadores, pois não é apenas pelo emprego, nem pelo trabalhador, mas pela própria sociedade que sofre para ser atendida nas agências.

"Estamos vendo muitos bancos terem lucros altíssimos, ou seja, é uma falta de respeito e isso é uma perversidade, uma barbaridade e entendemos que o intuito do Governo é privatizar o Banco do Brasil, assim como ele vem fazendo com a Petrobras e com tantas outras empresas do nosso país. Portanto os funcionários do Banco do Brasil estão resistentes a isso e toda a sociedade deve apoiar essa luta, não pelo trabalhador, nem pelos empregos, mas a luta também é pela população que sofre muito para ser atendida", disse.

Segundo Sandra Freitas, nesta quarta-feira (27), os funcionários irão se reunir fazendo uma plenária de mobilização para organizar a movimentação que será realizada em Feira de Santana.

"Precisamos escutar os trabalhadores do Banco do Brasil e conseguir fazer um movimento forte, fazendo com que o Banco do Brasil deixe de fazer essa perversidade e maldade com o nosso povo. Já na quinta-feira, a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe promove uma grande plenária com todos os funcionários dos dois estados com o mesmo intuito, esclarecer aos trabalhadores e organizar a nossa participação nessa paralisação nacional que deve acontecer na próxima sexta. Estamos aqui para apelar a sociedade que entenda os trabalhadores e nos apoie nesse momento crucial, um momento de pandemia, onde milhares de pessoas estão perdendo seus empregos e a pobreza vem se alastrando em nosso país. Esse banco quer colocar mais de cinco mil pais de família no olho da rua e isso é um absurdo, não podemos olhar esse tipo de coisa. Na próxima sexta de forma pacífica, estaremos fazendo nossa movimentação", finalizou.
 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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