Laiane Cruz
Funcionários do Banco do Brasil de Feira de Santana cruzaram os braços nesta sexta-feira (29), em adesão à paralisação nacional da categoria, contra o fechamento de mais de 300 agências em todo o país e a transformação de outras 200 em postos de atendimento. No município a agência da Avenida Getúlio Vargas deve ser fechada.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, Sandra Freitas, o banco anunciou a reestruturação no dia 11 de janeiro e pegou a todos de surpresa.
“Eles querem extinguir a função de caixa no interior das agências e demitir cinco mil bancários no país inteiro. Todos sabem que o Banco do Brasil, assim como todos os outros bancos, vem tendo grandes dificuldades para atender a população por conta da falta de empregados. As pessoas penam horas e horas nas filas pra poder conseguir um atendimento. Então por conta disso os bancários de Feira de Santana se juntam a todos os bancários do Banco do Brasil no país para fazer este protesto e tentar fazer o governo reverter essa prática”, protestou Sandra Freitas.
De acordo com a sindicalista, em Feira de Santana 23 funcionários foram colocados como excedentes e vão ter que buscar vaga em alguma agência no país para serem transferidos. “As pessoas têm suas famílias, seus filhos na escola, seus amigos, sua vida toda constituída na cidade, mas vão ter que pedir transferência por conta de uma reestruturação totalmente sem propósito e desnecessária, e o que nós vemos é a cidade precisando de mais funcionários.”
Ela destacou ainda que o Banco do Brasil exerce no país uma função social. É o banco que cultiva e patrocina toda a agricultura familiar, é centenário e tem extrema importância para a economia brasileira.
“Os bancários do Banco do Brasil pedem que a população entenda essa luta. Este governo não quer nenhum tipo de contato com os representantes dos trabalhadores, que são os sindicatos. Eles não sentaram pra negociar nada. O sindicato procura o banco pra tentar chegar a um meio termo, mas eles não querem fazer acordo com os representantes dos trabalhadores e isso é inadmissível e inconstitucional.”
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.