Feira de Santana

Funcionários da Preserve protestam contra situação de carros-fortes e acidentes

O protesto foi motivado pelo acidente que matou o funcionário Leandro Freitas Queirós, no último domingo (10), na estrada de Ipirá.

Andrea Trindade

Familiares e funcionários da empresa de transporte de valores, Preserve, realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (10), em frente à empresa, na Rua Honorato Bonfim, atrás da TV Subaé, em Feira de Santana.

No protesto motivado pelo acidente que matou o funcionário Leandro Freitas Queirós, na tarde do último domingo (10), na BA-052, estrada de Ipirá, os manifestantes reivindicaram melhores condições de trabalho, especialmente em relação aos veículos usados no transporte de valores. Um dos funcionários informou que os carros-fortes têm mais de 20 anos e têm pneus reformados. Além disso, a empresa não dá apoio nas estradas em caso de acidentes, segundo eles.

As condições dos pneus de um dos carros podem ter causado o acidente que provocou a morte de Leandro. Segundo a noiva dele, Manoela Oliveira, o pneu estourou, e o carro capotou ao colidir com outro veículo. Três pessoas ficaram feridas e Leandro morreu no local.

“Leandro batia de frente contra a empresa por causa desses erros. Morto não fala, mas precisamos de melhorias dentro desta empresa para os outros que estão aí hoje. Temos fotos dos bebedouros com baratas, eles não param para almoçar, almoçam dentro do carro, trabalham praticamente de domingo a domingo e dão o sangue pela empresa”, disse a noiva de Leandro.

Luciene Junqueira de Oliveira, que perdeu o marido Paulo Ricardo Santos em um acidente envolvendo um carro-forte da Preserve, no dia 29 de novembro de 2013, também participou do protesto. Ela contou que a barra de direção do veículo quebrou provocando o acidente.

O escoteiro do carro-forte Alisson Alves Brito disse que já sofreu três acidentes e que sofre com as sequelas. “O primeiro foi em 2012 e os outros dois em 2013. Estou tendo dificuldade e a empresa não me ajuda em nada. Não me procura para ajudar e impede que eu venha resolver. Não queremos mais perder amigos, mulheres não querem perder maridos e filhos não querem perder seus pais. Queremos carros novos, manutenção, pneus novos, assistência de plano de saúde, apoio na estrada quando o carro quebra. Só se preocupam com a empresa”, desabafou.

O advogado que representa os funcionários, Ronaldo Mendes, está intermediando a negociação com a empresa.

Informações do repórter do Acorda Cidade, Ed Santos.

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