Novembro Roxo

Fórum em Feira de Santana discute ações de prevenção ao parto prematuro

O público alvo da ação foram as equipes multiprofissionais hospitalar e os trabalhadores da atenção primária. 

Fórum discute prematuridade no auditório da Secretaria de Saúde  ft Ney Silva acorda cidade2
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

A campanha Novembro Roxo faz uma alerta sobre as ações voltadas para a prevenção da prematuridade, quando os bebês vêm ao mundo muito antes do tempo ideal e necessitam de cuidados essenciais, inclusive durante a gestação.

Nesta quarta-feira (29), a Fundação Hospitalar de Feira de Santana, realizou o 1º Fórum Seguimento Compartilhado do Prematuro entre a Atenção Hospitalar e Atenção Básica, no auditório da Secretaria de Saúde do município, para discutir e alertar os profissionais sobre a importância do Método Canguru nas unidades.

O público alvo da ação foram as equipes multiprofissionais hospitalar e os trabalhadores da atenção primária. Ao Acorda Cidade, a fisioterapeuta Sabrine Cortiana comentou sobre o objetivo da mobilização. 

Fórum discute prematuridade no auditório da Secretaria de Saúde  ft Ney Silva acorda cidade2
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“O objetivo desse fórum é justamente fazer uma interlocução entre a rede hospitalar e a rede básica de saúde, no cuidado desse bebê prematuro, bem como sobre as ações relacionadas à prevenção do parto prematuro e com relação também aos impactos que a prematuridade traz para essa família, para esse bebê, para a sociedade, que enquanto política pública, a gente precisa estar discutindo isso entre a rede”, explicou.

Em entrevista, Sabrine ressaltou que a prematuridade é um problema de saúde pública mundial e que existem várias problemáticas envolvidas no âmbito do nascer prematuro.   

“A gente tem muitas consequências para quem nasce prematuro. Então os bebês podem ter sequelas da prematuridade. Quanto mais prematuro esse bebê for, maiores são os riscos para sequelas neurológicas, cardíacas, nutricionais. Por isso a gente precisa dessa interlocução entre a rede, justamente para gente discutir ações estratégicas de acompanhamento desse bebê prematuro no pós-alta”, pontuou.

De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é que a criança venha ao mundo com pelo menos 40 semanas de gestação, abaixo de 37 já é considerado prematuro. 

Sabrine Cortiano - Fórum discute prematuridade no auditório da Secretaria de Saúde  ft Ney Silva acorda cidade2
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“O parto prematuro é quando o bebê nasce com menos de 37 semanas gestacional. Então, quando o médico vai fazer a contagem da quantidade de semanas que essa mulher está gestante, se o bebê nasce com menos de 37 semanas, ele é considerado prematuro. E quanto mais prematuro ele for, quanto menor essa idade gestacional, maiores são os riscos que esse bebê vem a ter”, afirmou Sabrine. 

Segundo a fisioterapeuta, a taxa de prematuridade no Hospital da Mulher, em Feira de Santana, no ano de 2022 foi de 7,4% dos nascimentos. Até outubro deste ano, os números já alcançaram 7,2% de nascimentos prematuros. 

Além disso, a profissional explicou a importância da atenção básica para a prevenção da prematuridade e dos cuidados precoces que devem ser realizados durante a gravidez. 

“Tanto na prevenção dela, como na identificação das gestantes que têm risco para parto prematuro, para realizar um pré-natal adequado, de forma eficiente. Na identificação de uma gestante com risco de prematuro, o encaminhamento de forma adequada para um pré-natal de alto risco especializado. Após essa mulher ser inserida dentro do processo de pré-natal de alto risco, que esse bebê nasce prematuro, quando esse bebê tem alta do hospital, ele retorna para a unidade básica de saúde. E ali a gente precisa de um cuidado compartilhado”, disse.

A atenção humanizada ao recém-nascido é chamada de Método Canguru e começa muito antes do nascimento. No Hospital da Mulher, após o bebê prematuro completar 1,8 kg, ele já pode ir para casa, mas segue em acompanhamento com a rede básica de saúde.

“Quando o bebê tem alta com 1,8 kg, que é o nosso caso, da unidade hospitalar, ele retorna para a unidade básica de saúde e é inserido para fazer toda a puericultura. E a gente acompanha essa puericultura com a atenção básica até o bebê completar 2,5 kg. Após isso, esse bebê, ele continua no processo de atenção básica e aí a gente só trabalha com as especialidades com esse bebê, dando todo o suporte”, esclareceu. 

Fórum discute prematuridade no auditório da Secretaria de Saúde  ft Ney Silva acorda cidade2
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

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Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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