Feira de Santana

Forró e tradição: missa pelos 30 anos de falecimento de Luiz Gonzaga é realizada em Feira de Santana

A homenagem ao Rei do Baião é organizada pelo artista Jota Sobrinho e já é tradicional na cidade.

Acorda Cidade

Os 30 anos sem Luiz Gonzaga foram lembrados em uma missa, realizada na manhã desta segunda-feira (5), na igreja Senhor dos Passos, em Feira de Santana. A homenagem ao Rei do Baião é organizada pelo artista Jota Sobrinho e já é tradicional na cidade.

O folheteiro e cordelista Jurivaldo Alves da Silva, 73 anos, acompanha a missa há vários anos. Ele se recorda que teve o prazer de receber das mãos do Rei do Baião um presente, durante uma ação promocional aqui em Feira de Santana.

“Foi na Praça da Bandeira. Ele estava cantando em cima de um caminhão. Eu ganhei da mão dele um corte para fazer um terno. Isso foi no ano de 1970, período da Copa do Mundo. Além de participar dessa missa, há dois anos participei do ‘Cariri Cangaço’, que foi em homenagem a Luiz Gonzaga e Lampião”, lembrou.

André Gaudino dos Santos de 75 anos também é fã e admirador do trabalho de Luiz Gonzaga e também já recebeu um presente especial do Rei Baião. Uma lembrança que ele guarda com muito carinho e faz questão de compartilhar.

“Ganhei uma sanfona do velho Luiz Gonzaga. Essa é uma sanfona do fole furado. Ganhei quando eu me apresentei em uma vaquejada no Campo do Gado. Além disso, já cantei junto com ele e tenho muitas saudades”, afirmou.

Para J Sobrinho, que é idealizador do projeto, Luiz Gonzaga continua fazendo muita falta, não apenas para a cultura e para a música, mas para o Brasil. Ele afirma que o grande legado do artista é o que faz com que o artista esteja vivo na lembrança do povo brasileiro.

“O pensamento de Luiz Gonzaga era progressiva, de paz e tranquilidade, de solidariedade e estamos vendo esses valores se desfazerem. O que compensa é o grande legado que ele nos deixou e nos faz promover esse tipo de evento, tentando manter o trabalho que ele fez em benefício para o Nordeste e para o Brasil. Temos que nos orgulhar disso”, destaca.

J Sobrinho lembra que Luiz Gonzaga faleceu no dia 2 de agosto de 1989 e o amor e admiração que ainda tem pelo artista foi com que fez surgir a ideia de fazer essa homenagem póstuma, ano após ano. A missa é realizada desde o ano de 1991.

“O amor que tenho pelo trabalho e por Luiz Gonzaga é igual a todos os nordestinos. Talvez a diferença esteja na dedicação que dei a esse trabalho. No dia que ele faleceu eu tomei conhecimento através da rádio Sociedade de Feira e foi um choro profundo e comecei a imaginar como seria dali para frente manter as tradições juninas. A gente hoje continua lutando pela tradição junina, mas não temos apoio”, lamentou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
 

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