Outubro Rosa

Força e superação: conheça a história de Gabrielle Brandão que enfrentou um câncer de mama durante a gravidez

Ela descobriu um câncer de mama aos 23 anos de idade, mesmo período em que também descobriu uma gravidez.

Gabrielle Brandão e a filha
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O mês de outubro ganha a cor rosa para reforçar a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. É um mês de alerta, onde compartilhar histórias de superação também contribui para levar esperança para quem passa por situação semelhante e também para alertar para os cuidados necessários.

Para contar uma história de fé e superação, o Acorda Cidade foi ouvir a história de Gabrielle Brandão, mãe da pequena Aurora. Ela descobriu um câncer de mama aos 23 anos de idade, mesmo período em que também descobriu uma gravidez.

“No início de outubro de 2023, eu estava sentindo um pequeno inchaço na mama, fui fazer um ultrassom, quando descobri um nódulo. Durante os exames também descobri que tinha ovário policístico e estava em estado avançado e que não poderia ter filhos facilmente. Logo depois procurei um mastologista, fiz a biópsia para poder ter certeza sobre o tipo do câncer. Era um câncer hormonal e começamos a ver que ele estava crescendo rápido. Começamos a investigar para saber o que era. Em dezembro fiz novos exames e descobri que estava gestante. E aí descobrimos o motivo do crescimento rápido do nódulo”, relatou.

Gabrielle disse ao Acorda Cidade que por conta do ovário policístico, a menstruação não vinha regularmente e ela não desconfiava da gravidez, já que teria sido informada que teria dificuldades para engravidar. Com a descoberta da gestação em meio a notícia do câncer de mama, Gabrielle encontrou forças onde não imaginava para seguir firme no tratamento com muita fé de que tudo daria certo.

“Quando descobrir o câncer eu só pedi a Deus que não me deixasse morrer. Quando descobri a gravidez tive certeza que não morreria, por que Deus não iria me dá uma doença para morte e gerar uma vida ao mesmo tempo. Então hora nenhuma passou pela minha cabeça que eu iria morrer. Disse que iria enfrentar de cabeça erguida, comecei a me cuidar, a cuidar das coisas da minha filha e sempre pensava que tudo daria certo”.

Acompanhada por um médico obstetra e um oncologista, Gabrielle iniciou o tratamento. Passou por 14 seções de quimioterapia. Desenvolveu aftas na boca e lembra que precisou lidar com as dores no corpo, as reações da quimioterapia, além dos enjoos e cansaços da gravidez. Tudo ao mesmo tempo.

“Apesar das dores e do cansaço, fazia tudo dentro de casa para não me abater. E sempre com o acompanhando dos médicos para saber como estava o desenvolvimento da minha filha, pois tinha a possibilidade de Aurora não ganhar peso na barriga, ou de eu sofrer algum aborto espontâneo devido a quimioterapia”.

Aos sete meses de gestação, os médicos perceberam que Aurora não estava ganhando peso e então a decisão era fazer uma cesariana. No dia 6 de junho, por decisão dos médicos, Aurora nasceu. No dia 28 de junho Gabrielle fez a cirurgia da mama e houve a retirada dos nódulos.

Gabrielle Brandão e a filha
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Aurora nasceu bem e saudável, ainda estou em resguardo, por que ela só tem 4 meses. Estou aproveitando o tempo com ela e também estou me cuidando. Fiquei com uma sequela no braço devido a retirada das mamas, continuo fazendo exames e agora estou tomando hormônio terapia, que é por sete anos”.

Com tudo que Gabrielle vem enfrentando nesse último ano, ela está guardando os aprendizados. Ela afirmou ao Acorda Cidade que todo o processo foi muito difícil, mas que aprendeu a tirar lições importantes que levará por toda vida.

“Percebi que tudo passa. A gente aprende que tem que ser pessoas melhores, com mais empatia pela vida e pelo ser humano. Aprendi que tenho que viver mais a vida e deixo uma reflexão para que todos se cuidem, busquem sempre ir ao médico, façam os exames necessários. Para quem está passando por um processo difícil, que não desanimem, que tenham fé, acima de tudo, e saibam que tudo passa, em qualquer situação. Antes eu me preocupava com o meu cabelo, mas comecei a me maquiar e fui percebendo que o cabelo não era nada, eu queria viver”, destacou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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